O vilão da inflação em julho foi a conta de luz, que ficaram 4,17% mais caras, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (7).
Essa alta foi maior nas regiões metropolitanas de Curitiba (11,4%) e São Paulo (11,11%), por causa do reajuste de tarifas de empresas distribuidoras. Em outras regiões, como Campo Grande (2,72%), Belo Horizonte (2,04%) e Brasília (2,03%), a alta foi menor e puxada pelos impostos (PIS/COFINS).
Por outro lado, em duas regiões os impostos tornaram as contas mais baratas de junho para julho: em Vitória a queda chegou a 8,67% e em Salvador, a 4,67%.
Água e esgoto mais caros
As contas de água e esgoto também subiram e ficaram, em média, 2,44% mais caras, segundo o IBGE.
A alta atingiu sete das treze regiões pesquisadas: Goiânia (19,56%), Campo Grande (8,16%), Porto Alegre (3,62%), Salvador (2,55%), Recife (2,35%), São Paulo (2,25%) e Curitiba (0,65%).
Feijão-mulatinho sobe 8,88% em julho; cebola salta 155% no ano
Considerando alimentos e bebidas, a inflação foi de 0,65% em julho.
As maiores altas foram do feijão-mulatinho (8,88%), do fubá (3,53%), do leite longa vida (3,09%) e, novamente, da cebola (2,85%).
A cebola subiu menos que em junho, quando o preço tinha saltado 23,78%. Mesmo assim, somente neste ano o preço do produto mais que dobrou –acumula alta de 155,19%.
No acumulado de 2015, os alimentos que mais subiram de preço foram, depois da cebola: feijão-mulatinho (35,57%), batata-inglesa (24,6%), feijão carioca (22,66%) e ovos (15,52%). O tradicional cafezinho ficou 10,52% mais caro de janeiro a julho.
Preço do tomate cai no mês
Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais barato em julho, segundo o levantamento do IBGE. O destaque foi o tomate, que teve queda de 10,77% no mês. Ainda assim, o produto acumula alta de preço de 41,24% em 2015.
Também caiu em julho o preço do açaí (-7,51%), do feijão fradinho (-4,13%), do feijão preto (-4,04%) e da cenoura (-3,37%).
Ônibus interestadual sobe; gasolina e etanol caem
Ainda segundo o IBGE, a gasolina ficou 0,29% mais barata de um mês para o outro. A queda foi ainda mais expressiva no litro do etanol, cujos preços caíram 1,79%.
Em contrapartida, houve uma alta de 6,32% nas passagens dos ônibus interestaduais, que refletiu o reajuste de 7,70% vigente desde 1º de julho.
Fonte: UOL