Economia

Dólar ‘vira’ e opera em alta pelo quarto dia seguido

Depois de abrir em baixa, o dólar mudou de direção e opera em alta novamente nesta terça-feira (4), após três dias de ganhos em que chegou a bater o maior valor em mais de 12 anos.

Por volta das 12h49, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,4700, em alta de 0,45%. 

."A cautela continua dominando o ambiente do câmbio interno", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes. Ele ressaltou, no entanto, que os mercados globais mostravam um tom "mais ameno, embalados pela subida das bolsas chinesas e pela recuperação das commodities", segundo a Reuters.

Na véspera, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso como parte de nova fase da Operação Lava Jato, que investiga escândalo bilionário de corrupção no Brasil.

Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do mercado local e dificultem a aprovação de importantes medidas no Congresso Nacional.

Por isso, o dólar não conseguiu sustentar no Brasil a queda registrada no início da sessão, que veio na esteira do maior apetite por risco nos mercados externos. No exterior, o dólar recuava em relação a moedas como o euro e os pesos chileno e mexicano.

As bolsas chinesas perderam mais de 30% de seu valor desde que atingiram um pico em junho, alimentando preocupações nos mercados globais. Nesta sessão, contudo, as ações avançaram, após autoridades do país anunciarem novas medidas para combater vendas a descoberto.

"O cenário interno aqui está muito complicado. Não vai ser um dia de alta na China que vai mudar isso", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato. Mais tarde, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Na segunda-feira, o dólar fechou vendido a R$ 3,4545, em alta de 0,87%, depois que o Banco Central sinalizou que não vai aumentar suas intervenções no câmbio mesmo após a moeda saltar às máximas em 12 anos, uma pressão cada vez maior sobre a inflação.

Fonte: G1

Redação

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