Política

Criação de câmara técnica é discutida pelo Governo e Sindicatos

Foto Jana Pessoa

A criação de uma câmara técnica para discutir a retomada das obras da Copa do Mundo e de outras obras que estão sob a responsabilidade do governo de Mato Grosso foi assunto de uma reunião realizada nesta segunda-feira (27). No encontro estavam o secretário de Trabalho, Emprego e Assistência Social, Valdiney Arruda, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada (Sintecomp), Adão Pereira Julião.

Os sindicatos devem entregar nas próximas semanas a documentação referente ao projeto de criação da câmara, que será triparite (governo, sindicatos e empresários), acompanhará a situação trabalhista nas obras e fará fiscalização.

As obras estão paralisadas desde o início da gestão do governador Pedro Taques. De acordo com as empresas, falta repasse de recursos do governo estadual para a quitação dos débitos trabalhistas.

Para Adão Pereira a situação já é de calamidade pública, pois, na categoria da construção pesada, 70% dos trabalhadores são de fora do Estado, o que torna sua situação ainda mais precária. “A retomada das obras vai pôr fim ao sofrimento destas pessoas. Esta situação está gerando uma enxurrada de processos na justiça, e isso não resolve o problema do trabalhador”, explicou.

Na opinião de Joaquim Santana, o argumento das empresas não se justifica e os trabalhadores não podem ser penalizados pela situação. “A criação desta câmara técnica é uma orientação da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM). Poderá promover em MT, o trabalho decente do pós-Copa que todos os segmentos do Brasil e do mundo exigem para um bom andamento e o bem estar dos os trabalhadores e das organizações. Com fiscalização e acompanhamento destes contratos, poderemos resolver esta situação e evitar problemas futuros”, disse ele.

Também participaram da reunião alguns membros da Força Sindical e o presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas, Sebastião Martins.

(Assessoria)

Redação

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