Cidades

Cão é usado para amenizar a dor da perda durante velórios

Freud tem 11 anos e trabalha ajudando a amenizar a dor da perda (Foto: Rafaella Mendes/G1)

 

Um funcionário diferente e que, em um primeiro momento, pode causar estranheza a quem precisa ir aos velórios realizados do cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, no litoral de São Paulo, tem conquistado a simpatia das pessoas e seu próprio espaço. O cãozinho Freud, de 11 anos, tem a missão de amenizar a dor da perda dos entes queridos, atuando três vezes por semana.

A dona do animal, Victoria Girardelli, idealizadora do Dr. AuAu, trabalha com pet terapia há 10 anos, sempre em ambiente hospitalar. Há pouco mais de um mês, no entanto, decidiu atuar em um espaço onde as famílias enfrentam o sentimento de perda, mesmo a raça schauzer não sendo muito utilizada neste tipo de trabalho, por conta do seu temperamento.

“A atuação do Freud vem sendo super elogiada. Ele chega de mansinho e logo vai ganhando seu espaço. O legal é que ele sempre traz uma mensagem e as pessoas logo se agacham para saber do que se trata. Explico que ele faz parte do projeto de terapia e, sem perceber, a pessoa já está se distraindo e conseguindo amenizar um pouco da sua dor”, comenta Victoria.

A terapeuta explica que é preciso haver uma sintonia com o cachorro para que ele obedeça, mesmo com uma personalidade difícil.  “É um trabalho totalmente gratificante. O Freud também gosta muito quando eu o coloco na sacola. Ele já sabe para onde vamos e fica todo feliz. O trabalho de amenizar a dor gera um prazer ímpar”, relata.

A técnica de enfermagem Verônica Camilo presenciou a atuação de Freud e acredita que ele pode ajudar a distrair as famílias e pessoas que passam pelo momento de perda de um ente querido. “É muito legal encontrar um animal nesse momento. Isso ameniza muito a nossa dor”, ressalta.
Para o diretor comercial do grupo Memorial, Marco Ricardo Africano, o projeto tem trazido bons resultados e várias pessoas têm enfrentado com mais facilidade o momento difícil da perda. “Existe aquela troca de sentimentos e sensações”, conclui.

Fonte: G1

Redação

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