Nacional

Câmara começa a votar hoje na redução da maioridade penal

O plenário da Câmara dos Deputados deve começar a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 171, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, nesta terça-feira (30). O presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a proposta só sairá da pauta após a conclusão da votação.

O texto que será analisado é o parecer do deputado Laerte Bessa (PR-DF), relator da comissão especial criada para discutir o assunto.

O relatório, aprovado na comissão, prevê a diminuição da idade penal apenas nos casos de crimes hediondos, como estupro, latrocínio, lesão corporal grave e roubo qualificado (quando há sequestro ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias).

O deputado também propõe que, junto com as próximas eleições, seja feito um referendo popular para consultar a opinião da população sobre o tema. Segundo o texto, as penas previstas serão cumpridas pelos adolescentes em ambiente separado dos adultos.

Na votação da comissão especial, o PMDB, PSDB, DEM, PR, PP e PTB orientaram suas bancadas a votarem pela redução da maioridade penal. O PT, PSB, PPS, PDT e PCdoB se posicionaram contrários à medida.

A divisão deve se manter no plenário e a votação deve acirrar os ânimos entre os parlamentares a exemplo do que aconteceu em sessões anteriores na comissão especial, quando policiais legislativos chegaram a lançar spray de pimenta contra manifestantes contrários à proposta. Após a confusão, a entrada na Comissão passou a ser restrita ao público. 

Representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) estão acampados em frente ao Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desde a última segunda-feira (29).

As duas organizações convocaram pelas redes sociais uma manifestação para esta terça durante a votação. Eles também pretendem acompanhar o debate de dentro do plenário Ulysses Guimarães, das galerias destinadas ao público.

Os diretores das duas entidades entraram com um pedido de Habeas Corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a garantia de acesso ao local. A ministra Cármen Lúcia se posicionou favoravelmente ao pedido e decidiu pela liberação das galerias para que os manifestantes possam acompanhar a votação. 

Fonte: R7

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus