As vendas para o Dia das Mães deste ano tiveram o pior desempenho dos últimos sete anos, de acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Até o final deste domingo (10), segundo sondagem feita pela associação, o crescimento real das vendas (descontando a inflação) ficou entre 0,5% e 1%, em comparação a 2014.
Os números exatos serão divulgados até terça-feira (12), conforme informou a associação.
A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) era de que o Dia das Mães em 2015 registrasse o pior volume de vendas desde 2004. A entidade previu aumento de 0,5% em comparação com 2014 e um movimento de cerca de R$ 6,5 bilhões.
“O Dia das mães é o Natal do primeiro semestre. É disparada a maior data do varejo no começo do ano. E ela vem no momento em que o varejo tem o seu pior período desde 2003”, explicou Fabio Bentes, economista da conferederação.
Pesquisa da Fundação Getulio Vargas divulgada na semana passada mostrava que o preço dos principais produtos e serviços que costumam ser ser escolhidos como presentes para a data subiram, na média, menos do que a inflação.
A média dos preços da lista de 25 produtos e serviços da lista pesquisada aumentaram 6,93% entre maio de 2014 e abril de 2015. No mesmo período, a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), registrou alta de 8,41%.
Os destaques são os aparelhos de TV que tiveram queda de preço de 5,08%. Na sequência, celulares e cintos e bolsas, que estão 4,61% e 0,84% mais baratos, respectivamente.
Segundo o economista André Braz, resonsável pelo levantamento, a queda de preços dos eletroeletrônicos pode ser explicada pelo crédito mais restrito e juros mais altos, e também pelas promoções de modelos mais antigos.
Shows e resturantes ficam mais mais caros
Nem todos os itens da lista, entretanto, subiram abaixo da inflação. Para os filhos que quiserem levar suas mães para passear, o custo dos serviços estão mais salgados neste ano. Nos últimos 12 meses, o valor do ingresso de shows musicais subiu 21,88%. Já os serviços de salão de beleza e os restaurantes ficaram mais caros, em média, 10,88% e 8,73%, respectivamente.
Segundo Braz, a alta está relacionada ao aumento do preço dos administrados, principalmente custos relacionados a tarifa de energia, além de salários e aluguéis.
Menos consumidores planejam comprar presente
Outra pesquisa, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) mostra que menos consumidores planejam comprar presente: 75%, contra 86% em 2014.
Além disso, o percentual dos que pretendem gastar menos com o presente em 2015 aumentou de 25% para 38%. A pesquisa aponta ainda que 40% pretendem gastar até R$ 100 com o presente, um aumento de 10 pontos percentuais em comparação aos 30% apurados em 2014.
Os itens de uso pessoal como vestuário, calçados, cosméticos e joias representam 43% das intenções de compra neste ano, eletrodomésticos, móveis e itens para casa 20%, entretenimento, jantar, lazer 8%, celulares 7%, flores 6%, eletrônicos 5%, produtos de informática 3% e outros presentes 8%.
Fonte: G1