Há dois anos, quando Natália Guimarães ainda estava grávida, ela contou ao EGO qual era sua maior preocupação em ter gêmeas: dividir sua atenção sem negligenciar nenhuma das suas meninas, Kiara e Maya. "A criação tem que ser um pouco mais cuidadosa para não ter problema. Para elas serem amigas, não ficarem nessa competição", disse ela na ocasião. Agora, com as meninas prestes a completar 2 aninhos, ela conta que a preocupação é a mesma, mas ela já se adaptou ao "mamãeeee" em dose dupla e às diferentes demandas das filhas. "Continua essa preocupação. E não é só minha, é de todos os familiares. Das avós e dos avôs. Todo mundo está sempre falando isso com a gente e eu acho isso legal. Eu tenho noção de que de forma diferente a gente dá amor igual para as duas", analisa ela, que posou com as filhas para o especial de Dia das Mães do EGO na casa onde mora com o marido, o cantor Leandro, em São Paulo.
Parte da preocupação se dá por causa da personalidade das pequenas, que são bem diferentes. "A Kiara é muito extrovertida, ela vai fácil com qualquer pessoa. A Mamá não. Tem que conquistar, ir com jeitinho. A Kiara é mais ‘aparecida’, acho que puxou a veia artística do Leandro e um pouco a minha também (risos). Mas a Maya tem o jeito dela de chamar a atenção, que é com mais carinho, querendo muito colinho. Ela é mais afetuosa, mais dengosa", compara.
Ao longo do ensaio foi fácil perceber o que Natália fala. Kiara chegou primeiro e rapidinho já estava falante. Ao ouvir música, ela começa a dançar e cantar dando seu próprio show. Já Maya chegou tímida, pediu colo e só se soltou quando se sentiu confortável com os presentes e ao ver o pula-pula inflado na porta de casa.
Sem receita
Ser mãe não é tarefa fácil, mãe de gêmeas então nem se fala. Além do marido, o cantor Leandro, Natália conta com a ajuda de uma babá, Maria, que está na família há 21 anos. A Miss Brasil 2007, que se divide entre São Paulo e Belo Horizonte enquanto termina a faculdade de Jornalismo, não tem problemas em dizer que precisa desta ajuda e admite sentir ciúmes nos cuidados com as filhas.
"O que acontece comigo é que dá muito ciúmes, eu queria tê-las só para mim (risos). Então entendo essas mães que querem cuidar sozinhas, porque a gente tem uma coisa meio animal dentro da gente, sabe? Sendo saudável ou não, eu entendo porque vem de coração. No meu caso, eu acho que a gente só está distribuindo mais amor para elas, por mais que eu fique com ciúmes", explica.
Natália também não prentede entrar na onda de mães que "patrulham" outras, como é cada vez mais comum em fóruns de maternidade na internet e que geram discussões sobre ser "mais ou menos mãe" de acordo com a maneira como se cria os filhos.
"Acho que não existe isso (de ser menos mãe). Acho que cada uma que não segue essas ‘regras’ tem que se sentir orgulhosa da mesma forma e saber que o coração dela vai fazer ela dar o melhor para o filho. Não tem receita de bolo. Tem atitudes que são mais saudáveis, tem cuidados que a gente tem que tomar, mas não acho que a gente tem que ir ao extremo. Eu sou do tipo que tem jogo de cintura", diz.
Para Natália, às vezes parece que não caiu a "ficha" de que já é mãe. Pode ser, mas ela já tem experiência e segurança suficiente para dizer às novatas que tudo passa e o importante não são os outros. "Mergulha fundo e segue o coração e não pensa em preconceito das outras pessoas. Faz o que o coração está mandando, sem pensar em críticas e nada disso", diz.
Fonte:G1