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Professores de SP decidem manter greve e fazem manifestação

Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram na tarde desta sexta-feira (27) continuar a greve, que começou no dia 13 de março. A votação foi feita em assembleia realizada no vão do Masp, na avenida Paulista.

Os professores agora caminham em passeata pela avenida Paulista, no sentido Consolação, e seguem até a praça da República.

A Apeoesp estima que 75% dos professores da rede estejam paralisados. De acordo com a secretaria de Educação, no início da semana o índice de profissionais que não compareciam às aulas era de 2,5%.Na capital paulista, desde quinta-feira (26) os professores filiados ao Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) estão em uma tenda em frente a sede da Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, onde pretendem permanecer até que a secretaria os atenda.

Os professores reivindicam, principalmente, aumento salarial de 75,33%. “Estamos dizendo que é possível fazer um plano de composição desse valor. É só fazer e querer. Há também a questão referente a desdobrar as salas, que estão superlotadas, e acabar com essa vergonhosa contratação dos professores da categoria O [professores temporários com contrato de um ano, renovável por mais um ano e carga horária máxima de 32 horas/aula semanais]. E também estabelecer um número máximo de alunos por sala de aula. O ideal seria 25 alunos por professor”, disse.

Na próxima sexta-feira (27), os professores farão uma nova assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h.

A Secretaria Estadual de Educação informou que o registro de faltas de professores em todo o Estado corresponde à média diária de ausências nas escolas e que “todas as ausências pontuais são substituídas pelo quadro de professores eventuais”. A secretaria também pede que os alunos da rede estadual compareçam normalmente às escolas.

“Foi em conjunto com os servidores que a secretaria materializou um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional. Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos”, diz a secretaria em nota.

A presidente do sindicato, no entanto, contesta o valor citado pela secretaria. “O governo não repôs perdas e nem deu ganho real. O governo fez um plano de quatro anos, disse que era 45% [reajuste] e, na prática, não é porque nós já recebíamos gratificações. Portanto, elas [gratificações] foram incorporadas no salário-base e nós tivemos 27% em quatro anos”, disse. 

Fonte: iG

Redação

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