Cidades

Cuiabá é a única capital com risco de surto de dengue

A capital de Mato Grosso é a única entre as 26 federações com risco de um surto de dengue este ano. O levantamento divulgado nesta quinta-feira (12), pelo Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) revelou a fragilidade de Cuiabá. Outras 18 capitais apresentaram índice de alerta – a região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue (171); seguido do Sudeste (54); Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17).

O levantamento descobriu outros 340 municípios com risco de epidemias e 877 em alerta. A pesquisa demonstrou ainda que outras 627 cidades apresentam índice satisfatório. No total, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano, um aumento de 26,38% em relação aos participantes de 2014. No ano passado, 1.459 municípios fizeram a pesquisa no mesmo período do ano.

Os dados foram apresentados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, que destacou que as ações simples para conter a contaminação pelo mosquito. “Tão importante quanto fazer o LIRAa, é seguir as informações apresentadas pelo levantamento para corrigir os problemas”, alertou Chioro. Ele ressaltou que o combate à dengue deve ser feito com o fortalecimento da prevenção, medida que conta com o envolvimento da população e das prefeituras.

O estudo desvendou também de onde vem os criadouros dos mosquitos. Na região centro-oeste, onde Cuiabá se encontra, a maioria da larvas se desenvolvem no lixo (51,6%), seguido pelos depósitos domiciliares (24,2%) e Do armazenamento de água (24,2%).

BALANÇO – O Ministério da Saúde registrou, até 7 de março, 224,1 mil casos de dengue no país. O aumento é de 162%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 85,4 mil casos. Na comparação com 2013, houve redução de 47%, ano em que foi registrado 425,1 mil casos da doença. Embora tenha ocorrido aumento de casos na comparação do período, o número de óbitos caiu 32%, passando de 76 mortes, em 2014, para 52, neste ano. Também houve redução de 9,7% nos registros de casos graves. Em 2015, foram confirmados 102 casos de dengue grave, contra 113 em 2014. O Ministério registrou 913 casos confirmados de dengue com sinais de alarme.

O estado do Acre apresenta a maior incidência de dengue, com 695,4 casos por 100 mil habitantes, seguido por Goiás, com 401 casos por 100 mil habitantes, e São Paulo, com incidência de 281 casos por 100 mil habitantes. Vale ressaltar que o período de maior transmissão da dengue no ano vai de março a maio, o que reforça a importância do uso do LIRAa para direcionar as ações de controle da dengue.

CHIKUNGUNYA – O Ministério da Saúde registrou 1.049 casos autóctones confirmados de febre chikungunya, até 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. Em 2014, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença, ou seja, de pessoas sem registro de viagem para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe. Os casos foram registrados nos estados do Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima. Entre 2014 e 2015, foram confirmados 100 casos importados da doença, de pessoas que viajaram para estes países.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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