Moradores do Residencial Nova Jerusalém fecharam o trânsito em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no Eixo Monumental, na manhã desta segunda-feira (2) para cobrar a regularização da área, onde atualmente moram 1,5 mil famílias. O condomínio fica no Setor Sol Nascente, em Ceilândia, alvo de derrubadas no mês passado. Por volta de 7h30, três das seis faixas foram liberadas.
Agentes do Detran e da Polícia Militar ajudaram a controlar o tráfego, e muitos motoristas chegaram a fazer o retorno no canteiro central para evitar o congestionamento. Quem sai do Sudoeste ou passa pela Epia precisa fazer o desvio na altura do Memorial JK.
De acordo com a PM, 200 pessoas dormiram em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Eles chegaram por volta de 1h em um ônibus. O grupo usou faixas durante o protesto. Os moradores dizem que já entraram na Justiça contra a derrubada no Sol Nascente.
“Estamos aqui hoje de campana para protestar contra a ação da Agefis juntamente com a Polícia Militar lá no local, que está previsto a derrubada para hoje durante o dia”, disse o pastor Renivaldo Alves da Silva. “Nós protocolamos junto à Defensoria Pública um pedido de tutela liminar. A gente pediu para que seja estagnado, seja parado toda e qualquer ação de derrubada no local.”
A via de acesso do Eixo Monumental pela Epia foi fechada. Quem vinha da Epia Sul no sentido Sobradinho precisava seguir pelo Setor Militar Urbano. O local ficou completamente engarrafado.
Outro protesto
Na sexta, moradores do Residencial Nova Jerusalém fecharam a avenida Hélio Prates, que liga Ceilândia a Taguatinga, depois de serem notificados sobre nova operação de derrubada. Eles carregaram faixas pedindo melhorias na política de habitação do DF e criticaram o atual governo.
Após negociação com a PM, os manifestantes desocuparam a via. O administrador de Ceilândia, Vilson de Oliveira, se reuniu com representantes dos manifestantes e, segundo a administração, ficou combinado que será realizada uma nova reunião entre a Agefis, a Casa Civil e os moradores do Sol Nascente, pois o comandante regional do governo não tem jurisprudência sobre o que será derrubado no local. Um documento com as reivindicações desses moradores também deverá ser entregue para o governo.
Fonte: G1