Economia

Mercado de imóveis está em alta no estado

Mesmo com a queda de vendas durante a Copa do Mundo, o mercado imobiliário aqueceu após o Mundial e a previsão é que o comércio se mantenha em alta durante todo este ano. No entanto, os compradores devem ficar atentos aos valores, que podem variar entre as regiões da Grande Cuiabá.

Diante ao grande evento realizado nos meses de junho e julho de 2014, o consumidor mato-grossense se sentiu inibido em adquirir um novo imóvel durante este período, devido ao receio da alta de preços no mercado, o que não ocorreu de fato. 

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Sicovi-MT), Marco Pessoz, houve uma variação, mas devido a outros fatores. “A população daqui não está acostumada com grandes eventos e é natural que ela encare desta forma, mas o foco mudou. Houve uma variação, mas devido a outros fatores como a alta da inflação e não por causa da Copa. Se comparamos os preços, podemos ver que o aumento não foi estrondoso”. 

Embora haja acréscimo nos preços anualmente, Mato Grosso ainda se destaca como um dos Estados de menor valor por metro quadrado. Enquanto que em cidades como o Rio de Janeiro contam com o preço que quase chega na casa dos R$ 10 mil, Cuiabá dispõe de, em média, R$ 3,5 mil por m². “Em alguns casos pode chegar a R$ 6 mil, quando se trata de um imóvel de luxo. Aos comerciais, este valor pode ultrapassar R$ 7 mil”, ressalta.

Os imóveis mais procurados variam de 75 m² a 85 m² que, segundo Pessoz, são mais fáceis de serem adquiridos pela base da capacidade financeira destes imóveis. Apesar da grande demanda, construtoras também se preocupam em atender a Classe A. “Há um cuidado em atender esta classe, pois estas pessoas que estão no topo da pirâmide estão dispostas à investir no imóvel de boa qualidade”.

Ele salientou que o foco da clientela são os imóveis novos, uma vez que são mais rendáveis no ponto de vista do consumidor. Entretanto, é importante conferir bem o preço antes de fechar negocio. Pessoz analisa que o valor final vai além da localidade, mas também da matéria prima e da mão de obra.

“O valor final do imóvel depende de diversos insumos, como o valor do terreno, a carga tributária, a mão de obra cara, o transporte das matérias primas, como piso, janela, estrutura metálica, entre outros, fatores que influenciam no valor final”.

Apesar destes possíveis altos valores, Pessoz acredita que ainda é rentável às construtoras investirem no mercado imobiliário e continuarem com o fluxo alto de entrega dos imóveis. “Enquanto houver venda, vai haver construções. Se chegar ao ponto de haver queda, vai haver o monitoramento na tentativa de ajustar os valores de acordo com o produto, para que o mercado não caia em regresso”, finalizou.

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Noelisa Andreola

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