Cidades

Após fim do protesto do MPL, Metrô registra tumulto

Um tumulto entre manifestantes e a Polícia Militar aconteceu dentro da Estação Faria Lima da Linha 4-Amarela do Metrô após o protesto do Movimento Passe Livre (MPL) na Zona Oeste de São Paulo. O protesto terminou de forma pacífica, sem incidentes, e a confusão ocorreu quando alguns manifestantes foram até a estação para deixar o Largo da Batata, onde o ato acabou. Pelo menos uma pessoa foi detida e uma manifestante passou mal.

A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo dentro da estação e usou cassetetes para dispersar um grupo que permanecia em frente às catracas, bloqueando a passagem. Os manifestantes chegaram a discutir com os seguranças do Metrô antes do tumulto com a PM. Vidros e luminárias da estação foram quebrados após a correria provocada pelas bombas. Por volta das 22h45, os manifestantes tinham se dispersado e a situação estava mais calma.

Organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), o ato teve como objetivo criticar o reajuste das passagens de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,50.

Os participantes do protesto começaram a se concentrar no Largo da Batata por volta das 17h30. Em assembleia, os manifestantes aprovaram um trajeto passando pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Eusébio Matoso e Marginal Pinheiros. Pouco depois das 19h, a multidão começou a caminhada. Segundo a PM, mil pessoas participaram do ato; já o MPL estima um número bem superior: 7 mil.

O policiamento foi reforçado desde o início. Segundo a major da PM Dulcinéia Lopes de Oliveira, comandante da operação, foram destacados 350 policiais, 60 carros e 46 motocicletas.

Inicialmente, a major vetou a ida dos manifestantes tanto para a Avenida Paulista quanto para a Marginal Pinheiros, em razão de obras nessas vias e do fluxo de veículos. Questionada o que ocorreria caso eles insistissem nessas vias, a comandante disse: “Eles serão contidos”. Pouco depois, porém, ela concordou em liberar a ida até a pista local da marginal.

Durante a caminhada, a corporação bloqueou, por segurança, totalmente ambos os sentidos da Eusébio Matoso. Houve também reforço em frente a uma concessionária na avenida. Também nessa via, os manifestantes subiram em uma passarela e estenderam uma faixa gigante com a frase: “Agora é de R$ 3 pra baixo” (veja vídeo acima).

Na Marginal Pinheiros, apenas a pista local foi bloqueada. Ao chegar à Estação Pinheiros do Metrô, o grupo de manifestantes encontrou sua entrada bloqueada por PMs. Eles, então, seguiram pela Avenida Professor Frederico Hermann Júnior, Rua Vupabussu e Avenida Faria Lima, onde dispersaram.

Quarta manifestação
Ao contrário do ato desta terça, a quarta manifestação contra a tarifa terminou em confusão no Centro de São Paulo. Quatro agências bancárias foram depredadas e a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar mascarados na sexta-feira (23).

O protesto, que até então seguia pacífico, chegava ao fim quando uma explosão fez com que manifestantes corressem e PMs usassem armamento não letal. Quatro pessoas, incluindo um jovem com ferimento na cabeça, foram detidas. Um repórter do jornal "O Estado de S.Paulo" foi atingido por uma bala de borracha e um manifestante, ferido na boca.

Cavaletes de trânsito e até uma tábua de passar roupa foram desmontados por mascarados, que usaram os pedaços de madeira para depredar. Lixeiras foram quebradas e o lixo foi colocado no meio da rua. Agências do Bradesco, do Santander e da Caixa, na região da Praça da República, foram vandalizadas e tiveram seus vidros quebrados.

Terceira manifestação
A terceira manifestação contra o reajuste percorreu ruas e avenidas da Zona Leste de São Paulo na noite de 20 de janeiro. O ato foi pacífico, mas houve um tumulto na Estação Belém do Metrô após o encerramento da manifestação.

O grupo começou a se concentrar na Praça Sílvio Romero, no Tatuapé, e seguiu pela Rua Serra de Bragança e por vias do bairro até a Radial Leste, que chegou a ficar totalmente bloqueada por alguns minutos.

Um grupo que participou do ato caminhou até a Estação Belém do Metrô aos gritos de "vamos pular a catraca". Eles encontraram os portões fechados. Alguns chutaram os portões e começou um tumulto com a Força Tática da PM. Os policiais dispersaram o grupo, que cruzou a passarela sobre a Radial Leste. Algumas bombas de efeito moral estouraram do outro lado da via. A situação se acalmou em poucos minutos.

Segunda manifestação
O segundo protesto convocado pelo MPL terminou em correria e tumulto no Centro na última sexta-feira. Ao menos oito manifestantes foram detidos, segundo a PM. A corporação diz que foi alvo de fogos de artifício e reagiu com "munição química". O resultado foi uma sequência de explosões entre a Praça do Patriarca e o Viaduto do Chá.

Além da interdição de diversas vias importantes do Centro, de pessoas reclamando do gás e da finalização precoce do ato e vandalismo contra agências bancárias, o desfecho novamente colocou MPL e PM se acusando mutuamente.

Para o MPL, a polícia cometeu "ataques gratuitos" e o trabalho de advogados ativistas foi dificultado no 78º Distrito Policial. Ainda no Centro ao fim da noite, o major da PM Victor Fedrizzi disse que a reação “não foi desproporcional” e que a corporação agiu porque um grupo lançou rojões contra os policiais em frente à Prefeitura.

Primeira manifestação
No dia 9 de janeiro, a primeira manifestação contra a tarifa terminou com 53 detidos. Três agências bancárias tiveram vidros e caixas eletrônicos quebrados. Duas concessionárias tiveram vidros quebrados. Barricadas com lixo queimado foram usadas para bloquear trechos da Avenida Angélica e da Rua Haddock Lobo. O tumulto começou por volta das 19h20 e se estendeu por mais de uma hora.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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