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‘Passageiro viu árvore caindo’, diz taxista sobre morte

 

O passageiro que morreu na noite de segunda-feira (22) em São Paulo, ao ser atingido por uma árvore que caiu sobre o táxi onde estava, ainda tentou alertar o motorista sobre a queda do tronco durante a forte chuva em Higienópolis, área nobre na região central da cidade.

“Fui fazer uma conversão para poder atravessar a Avenida Angélica. Parei no farol e a árvore caiu em cima do carro. E o passageiro viu a árvore caindo. Ele falou: ‘cuidado, cuidado, cuidado’. Cuidado o quê? Fiquei procurando, e a árvore plam! Em cima do carro”, disse o taxista José Gilberto Tobias ao Bom Dia São Paulo.

José sobreviveu sem qualquer machucado, mas o administrador de empresas Ricardo Luiz Galvão Mendes, de 33 anos, que estava a seu lado, no banco do passageiro, não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo dentro do veículo esmagado pela árvore, na esquina das ruas Alagoas e Itacolomi.

“Só que eu não sabia o que que era. Achei que era um carro que estava vindo em cima de mim. De repente, a árvore caiu em cima do carro. E prensou ele no banco”, disse o taxista.  “A minha porta também ficou ruim. Aí eu consegui, né? Meti o pé na porta e consegui sair”.

De acordo com José, o passageiro trabalhava na Avenida Angélica e tinha pegado o táxi às 21h30 em direção à Casa Verde, na Zona Norte, onde morava. “Coisa de uns 500 metros. Foi o tempo de eu chegar aqui, o farol fechou, estava parando e a árvore caiu em cima”, afirmou o taxista.

José se lembrou de as ruas estarem alagadas. “A chuva estava muito forte”, disse. “Não tive nada, não tive arranhão nenhum, só fiquei com uma dor nas costas por causa da força que eu fiz. Foi muito rápido. Você não imagina a rapidez que é.”

Por volta das 2h30, os bombeiros chegaram para cortar a árvore. Eles tiveram trabalho até retirar o corpo de Ricardo. Um irmão dele acompanhou tudo. Seis árvores caíram e interditavam vias da capital na manhã desta terça, segundo o site da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Até as 8h, a árvore ainda bloqueava a Rua Itacolomi. Com a queda, a raiz foi arrancada da calçada.  A dois quarteirões dali, uma extensão de 20 metros do muro do Cemitério da Consolação caiu durante a chuva. A calçada e uma faixa da Rua Maranhão ficaram interditadas. Ninguém se feriu.

A chuva fez mais estragos na região. Na Rua Dona Veridiana, na Vila Buarque, o asfalto cedeu e deixou um buraco que quase engoliu um carro.

Fonte: G1

Redação

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