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Andropausa começa a partir dos 30 anos

O maior fantasma masculino ainda é a impotência sexual. Mas, poucos sabem que ela está diretamente relacionada ao nível de testosterona causado pela andropausa e que pode desencadear outras doenças tais como as cardíacas, com infarto agudo do miocárdio, além de osteoporose, com fratura espontânea de ossos, e câncer de próstata. A partir dos 30 anos de idade o homem já pode se preocupar em fazer a prevenção ou buscar informações com um médico especialista em urologia a respeito deste “Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (Daem).

Este distúrbio causa irritabilidade, mau humor e perda da libido nos homens, mas há tratamento que melhora os sintomas e a qualidade de vida, desde que a mesma seja readequada com novos hábitos alimentares e exercícios físicos.

“Infelizmente, não se esclarecer com o médico faz parte da cultura masculina latina e inclusive impacta na qualidade e expectativa de vida dos homens, que morrem mais cedo por doenças curáveis ou tratáveis se fossem diagnosticadas em estágios mais precoces”, alerta Fábio Liberali Weissheimer, especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica, que atua no Hospital Geral Universitário (HGU), de Cuiabá.

Com o envelhecimento, 20% a 30% dos homens apresentam queda dos níveis de testosterona causando repercussão clínica, caracterizando o Daem, nome da atualidade, conforme explica José Alberto Alves, médico e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde é coordenador do Serviço de Urologia (sistema Urinário).

De modo diferente das mulheres, os homens não têm um sintoma específico como a interrupção da menstruação para marcar a transição.  Então como acontece?

O médico urologista observa que nesta fase os homens podem apresentar não somente a disfunção erétil (impotência), mas também sinais e sintomas que vão da perda de massa muscular, osteoporose, alterações do humor, sonolência, diminuição do desejo sexual (libido), elevação do colesterol e aumento da gordura visceral, ou seja, a indesejável barriga (obesidade).

Existe ainda a diminuição da memória, além da depressão que é mais frequente. O medo sobre qualquer tratamento está diretamente relacionado ao desconhecimento da doença, das possibilidades de cura, ou do mal que o individuo está enfrentando. 

À medida que há conhecimento, compreensão e confiança do paciente no médico que está atendendo o diálogo médico-paciente torna-se mais fácil e o medo tende a ser dissipado.

Alguns exames auxiliam a verificação da andropausa, tais como o de sangue para verificar o índice de testosterona, espermograma para verificar a produção dos espermatozoides, exame de toque, densitometria óssea e ecografia da próstata e abdômen.

A reposição hormonal somente deve ser feita com um acompanhamento médico e administrada por meio de comprimidos via oral, adesivos para pele ou injeção intramuscular.  Com isso o homem terá um retardo na osteoporose, um melhor desempenho sexual, melhora dos distúrbios neurológicos e, consequentemente, melhora na sua qualidade de vida como um todo.

A reposição é contra indicada para pacientes portadores ou com suspeita de carcinoma na próstata, câncer de mama, hiperplasia benigna da próstata e problemas hepáticos.

 

Saiba como conviver com a andropausa

Como controlar ou combater os sintomas da andropausa e ter uma vida melhor? Hábitos de vida saudáveis podem sim controlar ou postergar o surgimento da andropausa, como manutenção do peso, prática de esportes, moderação no álcool e parar de fumar. Ou seja, nada de drogas ilícitas e vida desregrada de modo geral.

Diferente da menopausa, que geralmente ocorre em mulheres entre 45 e 55 anos, a “transição” dos homens pode ser bem mais gradual e se estende por décadas. Atitudes, estresse psicológico, álcool, acidentes, cirurgias, medicação, obesidade e infecções podem desencadeá-la.

O calores, ou fogachos, sintomas muito comuns em mulheres, são raros em homens, de maneira geral os sintomas de andropausa são insidiosos e sutis. Tem vários fatores que podem gerar ganho de peso, entre eles a andropausa, mas deve ser avaliado com cautela e em conjunto com um médico.

Visitas periódicas ao urologista, endocrinologista e nutrólogo podem diagnosticar e tratar este distúrbio. Porém, os homens de maneira geral, diferente das mulheres, não costumam ir ao médico para fazer prevenção ou buscar informações.

O diagnóstico é realizado por meio da consulta médica: que visa realizar exames de sangue, para dosar os hormônios, densitometria óssea para estudo da massa óssea. Exame urológico completo para identificar doenças da próstata entre outros.

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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