Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, em Belford Roxo, confirmaram que Sailson José das Graças – suposto serial killer – teria tentado matar mais três pessoas: duas mulheres e uma criança. As informações são do delegado assistente da DHBF, Marcelo Machado. Uma das vítimas já foi localizada e prestou depoimento sobre a tentativa de homicídio. O criminoso teria tentado sufocar a jovem, que é de Nova Iguaçu, por três vezes, mas ela não morreu. Depois disso, Sailson desistiu de matá-la.
O outro caso seria a tentativa de assassinato de uma outra mulher e um bebê. Sailson teria tentado atacá-los com uma faca, mas um vizinho tentou ajudá-los, e o criminoso fugiu.
A polícia encontrou, no sábado (13), provas que confirmam alguns dos crimes que Sailson José das Graças confessou ter cometido. Ele diz ter matado 43 pessoas em nove anos. Pelo menos sete foram confirmados. Por causa disso, ele, que estava preso na Polinter, na Cidade da Polícia, foi conduzido novamente à Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em Belford Roxo, para ajudar nas investigações.
Policiais confirmam detalhes de mortes
A polícia levou Sailson para locais onde ele afirma que teria matado pessoas. Lá foram encontradas provas que confirmam os depoimentos que o criminoso deu na DHBF, com uma riqueza de detalhes que impressionou os agentes.
No penúltimo crime que teria cometido, em novembro deste ano, Sailson diz ter assassinado Raimundo Basílio da Silva, de 60 anos. Ele contou no depoimento que abandonou perto do local do crime um boné, porque estava sujo de sangue. Bastaram alguns passos para que o boné fosse encontrado no chão, com as mesmas marcas de sangue descritas pelo assassino.
“Nós fizemos algumas diligências com ele, para confirmar informações que obtivemos anteriormente”, afirmou o delegado Marcelo Machado.
“Esta próxima semana será dedicada à busca de dados sobre outras ocorrências neste período de nove anos. A gente está otimizando as nossas ações com base nos dados que ele forneceu. Depois vamos partir para uma investigação mais genérica”, diz o delegado Pedro Henrique Medina.
A investigação de casos mais antigos deve demorar, pois será preciso recolher informações em delegacias de toda a Baixada Fluminense. Os investigadores esperam que novas vítimas procurem a polícia.
No final da tarde deste sábado (13), Sailson foi levado de volta à cela da Polinter, onde segue preso.