Pelo menos 40 pessoas foram detidas na madrugada desta segunda-feira (1º), em Hong Kong, durante confrontos entre policiais e manifestantes pró-democracia. O grupo tentou cercar os prédios governamentais como nova forma de protesto. O movimento em Hong Kong já dura dois meses.Nas primeiras horas da noite deste domingo (30), manifestantes tentaram bloquear os acessos aos principais prédios governamentais, entre eles o do Conselho Legislativo (Parlamento) e o escritório da Chefia de Governo.
A polícia chegou a usar gás de pimenta para conter os concentrados que tentaram romper as barreiras policiais para cercar os edifícios oficiais. Os agentes também usaram mangueiras de água para tentar dispersar os manifestantes. Ao menos 40 pessoas foram detidas na região de Admiralty. Em outra área da cidade, no bairro de Mong Kok, 12 pessoas foram detidas no domingo.O governo local anunciou, em comunicado, que os acessos aos prédios na área de Admiralty estão bloqueados. Funcionários foram orientados a não comparecerem a seus postos de trabalho.O Conselho Legislativo também cancelou as sessões programadas.
Durante a manhã desta segunda-feira (1º), a situação continuava tensa. Novos confrontos foram registrados durante a manhã em um centro comercial perto do acampamento de Admiralty, um dos locais ainda ocupados perto da sede do governo pelos manifestantes, que exigem a instauração de um verdadeiro sufrágio universal.Uma pessoa foi retirada do local de maca, enquanto manifestantes, chorando, eram obrigados a abandonar as imediações de prédios oficiais. As ruas permaneceram abertas ao trânsito, mas o complexo governamental permanece fechado e os trabalhos do Conselho Legislativo estavam suspensos.Os manifestantes, que reclamam a realização de um verdadeiro sufrágio universal nesta região administrativa especial da China, protestam nas ruas desde 28 de setembro.
Desde então, diminuiu sensivelmente o número de pessoas e o movimento parece dividido quanto à estratégia a seguir diante do descontentamento dos habitantes devido ao transtorno que os protestos causam no dia a dia.Apenas um encontro de negociações entre os manifestantes e as autoridades locais não permitiu nenhum resultado concreto. Ninguém tem esperança de que a China ceda às exigências dos estudantes.
G1