Cidades

Salgadeira deve ser liberada em março 2015

Previsto para terminar as obras civis agora, no dia 31 de outubro, conforme o projeto apresentado ao Ministério Público Estadual (MPE), novamente o cronograma do Complexo Turístico da Salgadeira não concluirá o prazo de entrega. O que se pode ver é que há muito por fazer, com máquinas operando no processo de construção e reforma, o tapume que esconde há quatro anos um dos cartões-postais e atrativo turístico mais importante de Mato Grosso deve continuar até março de 2015. A promessa do governo Silval Barbosa era de entregar o local no evento da Copa do Mundo 2014.

Explorado intensamente por mais de 30 anos, o local foi interditado e fechado pelo MPE em 2010, e há uma ressalva para a conclusão total do projeto, incluindo o Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD), para até o dia 30 de junho de 2015, nos moldes do novo cronograma apresentado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur). Um detalhe importante é que o lazer será apenas contemplativo, ou seja, sem acesso ao banhista.

“O considerável atraso nas obras, entre outros motivos, se deve também à falta de uma comunicação mais efetiva entre os órgãos envolvidos (Sema, Sedtur, Secopa e Complexo Salgadeira), pois inúmeras vezes a ausência de informação de um, a exemplo de possíveis alterações no projeto, inviabiliza a ação de outro, como a elaboração de um parecer técnico”, explica a assessoria da 15ª Vara da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, acerca das obras de revitalização na Salgadeira, por meio da promotora de Justiça Ana Luíza Peterlini, que atua na Defesa do Meio Ambiente Natural.

As construções devem ser instaladas em uma área de 2,5 mil metros quadrados e o projeto deverá ser colocado em prática em um espaço de 41,6 mil metros quadrados.

Trocando em miúdos, tudo o que existia no local, na Área de Preservação Permanente (APP) foi demolido. Também as quadras poliesportivas, que já não eram utilizadas e estavam depredadas e o restaurante localizado na encosta do rio.

O camping não existe mais. Em anexo funcionava a administração do Complexo da Salgadeira, gerida pela Associação de Defesa do Rio Coxipó (Aderco), num acordo com a prefeitura Municipal de Cuiabá, que teve sua estrutura física aproveitada, bem como a de um dos restaurantes localizado ao lado da figueira centenária, caminho de acesso à cachoeira da Salgadeira.

Enfim, e o que está previsto para o local cujo investimento será em torno de R$ 6,3 milhões? Um Centro de Atendimento ao Turista, com auditórios e lojas comerciais de artesanato, além de um restaurante, que funcionará mediante a um processo de licitação. 

Também terá um bosque de Ipês, um mirante para contemplação do morro e passarelas elevadas para a circulação dos visitantes, entre os estabelecimentos. Ainda estacionamento, duas guaritas e as pontes sobre os rios serão restauradas.

Foram retiradas as árvores frutíferas da manga e da goiaba, que são consideradas exóticas pela legislação, e plantadas as nativas do Cerrado, como a Lixeira, o Jatobá, a Angélica, entre outras, e uma variedade de Ipês, que terá um bosque especial para elas. Ao todo somam 3,5 mil mudas pelo PRAD a serem distribuídas e identificadas com placas.  

Algumas mangueiras continuam na vegetação do local, pois há uma divergência entre as Secretarias de Meio Ambiente de Cuiabá e Várzea Grande. “Em Várzea Grande os ambientalistas dizem que elas são nativas, e que para cada mangueira retirada, três devem ser plantadas”, disse a bióloga do Consórcio Salgadeira, Maria Aparecida da Silva. 

“Era para entregar a obra agora em dezembro, mas com as chuvas, acredito que lá para março (2015) fica pronto”, conclui o mestre de obras, Vanderlei dos Santos Mendes, também do Consórcio Salgadeira.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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