Foto: Ednei Rosa
Após a liberação e as informações trazidas pelos pilotos do avião modelo King Air, que havia sido sequestrado em 20 de setembro, no município de Pontes e Lacerda (457 km de Cuiabá), o deputado estadual José Riva (PSD), afirmou que a polícia agora, só não localiza a aeronave se não quiser.
“Basta querer, porque é um local que já sabemos onde é”, disse o parlamentar. Riva assegurou inclusive, já ter comunicado a Interpol sobre a possível localização do avião. Segundo informações passadas a ele pelos pilotos, o King Air provavelmente está em uma região rural da Bolívia, chamada Santa Rosa.
“Mandei comunicar a Interpol que o avião está naquele local, próximo de Santa Rosa. Trata-se de uma região de muitas fazendas e que são usadas por traficantes. Lá é um sobe e desce de avião pequeno toda hora”, alertou o deputado.
Riva salientou, no entanto, que a aeronave roubada já foi completamente ‘remodelada’ pelos sequestradores e os traficantes que estariam negociando a venda da King Air.
“O avião foi totalmente remodelado, trocaram a cor, trocaram prefixo, aumentaram a autonomia dele, puseram tanque adicional para aumentar autonomia, certamente para fazer voos longos”.
Ainda assim, o deputado acredita que o avião ainda esteja no mesmo local onde os pilotos sequestrados ficaram. “Provavelmente o avião permanece lá ainda, até porque o avião voou três horas e meia (segundo narrativa dos pilotos), ele já havia voado aproximadamente 30 a 40 minutos de Cáceres a Pontes e Lacerda. Se a aeronave tem uma autonomia de 4 horas e meia, então ele não tem mais combustível para sair de lá”, alertou o social democrata.
Investigação
Riva ainda criticou o trabalho de investigações da polícia neste caso, tanto da policia brasileira, quanto da boliviana. “O trabalho da polícia não surtiu resultado, apenas constamos que que o serviço de inteligência da polícia brasileira, boliviana, polícia civil e federal não foi eficiente”, disse ele.
O parlamentar, contudo, minimizou e disse que “não dá pra condenar, até porque é uma situação realmente difícil investigar um caso em outro território”.
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