Economia

Inflação da construção tem alta de 6,66% em 12 meses, diz FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção M (INCC-M), que mede a inflação do setor, registrou em outubro variação de 0,20%, acima do resultado do mês anterior, de 0,16%. No ano, o índice acumula variação de 6,14% e, nos últimos 12 meses, de 6,66%, acima do teto da meta para a inflação oficial (IPCA) do Banco Central, de 6,5%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,34%. O índice referente à mão de obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.Cinco capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Na contramão, Salvador e Belo Horizonte registraram desaceleração.

Confiança da construção
O Índice de Confiança da Construção teve queda de 19,9% em outubro o pior resultado da série histórica. Em setembro, a queda havia sido de 16,1%. No trimestre findo em outubro, o recuo foi de 14,8% em relação ao mesmo período de 2013.Os empresários da construção estão apontando a demanda insuficiente como o principal fator de limitação à melhoria da atividade setorial. A demanda está fraca tanto nos segmentos que dependem das decisões privadas quanto nos segmentos de infraestrutura. Assim o ciclo de obras, que se encerra, não tem perspectiva imediata de retomada, diz  Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.

Dos 11 segmentos pesquisados, 9 apresentaram piora na comparação trimestral. Os destaques negativos foram, principalmente, do setor de infraestrutura: obras para telecomunicações, obras para geração e distribuição de energia elétrica e obras viárias.

De acordo com a FGV, a piora decorreu tanto da percepção em relação à situação atual dos negócios quanto das perspectivas para os próximos meses. Em bases trimestrais, a variação interanual do Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -9,7%, no trimestre findo em setembro, para -12,9%, em outubro. Em termos mensais, o índice também apresentou forte queda ao variar de -15,1%, em setembro, para -18,6%, em outubro. A piora do ISA-CST foi influenciada pelo quesito situação atual dos negócios.

A comparação interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-CST) seguiu a mesma tendência ao variar -16,5%, em outubro depois de registrar -14,5% em setembro. Em termos mensais, a queda do IE-CST também foi acompanhada por uma forte queda, ao passar de -16,8%, em setembro, para -21,0%, em outubro. O quesito que mede a percepção das empresas quanto à situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que exerceu maior influência negativa sobre o IE-CST.

G1

Redação

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