Da Redação
O Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) identificou a presença do vírus da hepatite A (HAV RNA) em amostras de água da rede pública, consumida pela população do município de Tapurah (400 quilômetros da Capital). Os exames laboratoriais foram realizados nos meses de junho e outubro deste ano, após fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal.
Em virtude da omissão do Poder Público Municipal, que não adotou nenhuma medida após tomar conhecimento da presença do vírus, o Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Tapurah, emitiu recomendação ao prefeito, Luiz Humberto Eickhoff, e ao secretário municipal de saúde, Valmor de Oliveira, para que, em caráter preventivo, interrompa o fornecimento de água dos poços de captação localizados nos bairros Jardim Juliana e Cristo Rei.
O abastecimento de água potável nesses dois bairros deverá ser providenciado pelo DAE em no máximo, cinco dias.
O promotor de Justiça, Frederico César Batista Ribeiro, também recomendou providências imediatas referentes ao diagnóstico seguro dos possíveis casos de Hepatite A, bem como, a implementação de ações preventivas voltadas ao esclarecimento da população. Entre elas, mobilização de agentes de saúde e campanhas públicas para implementação de medidas educacionais de higiene e manuseio da água. E, por fim, com a oferta de vacinação gratuita contra a Hepatite A, em consonância com a profilaxia recomendada pelo Sistema Único de Saúde brasileiro.
Em até 30 dias, o município também deverá proceder com novos testes de qualidade da água junto à rede pública de abastecimento, principalmente, dos poços infectados. “Que todas as medidas implantadas sejam estabelecidas sem ônus financeiro para o cidadão, evitando-se o agravamento da taxa do serviço de abastecimento de água”, traz trecho do documento recomendatório emitido na última quinta-feira (23.10). [com assessoria]