As empresas aéreas Azul e Avianca ganharam direito de operar, respectivamente, 13 e 8 novos voos por dia em Congonhas, em São Paulo, informou nesta quinta-feira (9) a Agência Nacional de Aviação Civil. A decisão é resultado da distribuição de novos horários de pousos e decolagens no aeroporto, um dos mais movimentados e disputados do país.No total, a Anac disponibilizou em Congonhas 43 novos slots, termo técnico para horário de pouso ou de decolagem. A Azul ficou com 26 e a Avianca, com 17. Como cada par de slot forma um novo voo (um pouso + uma decolagem), a primeira terá 13 novos voos e a segunda, 8. Eles serão operados de segunda a sexta e não valem para os finais de semana.
Mesmo com a decisão, TAM e Gol continuam liderando em participação em Congonhas. Elas têm ali, respectivamente, 236 e 234 slots por dia, de segunda a sexta. A Avianca, que tinha 24, passou agora a 40. E a Azul, que não realizava voos durante dias de semana no aeroporto, tem agora 26, o equivalente a 5% de participação.As empresas terão direito a operar os novos voos entre 27 de outubro de 2014 e 29 de março de 2015. Nesse período, a Anac vai avaliar, entre outros, a pontualidade da companhias. Se houver descumprimento, elas podem perder o direito.
Concorrência
No dia 26 de setembro, a Anac anunciou que Congonhas passaria a receber mais voos a partir deste ano. De acordo com a agência, a medida vai incentivar a concorrência entre empresas, o que deve resultar em redução no preço de bilhetes.Por hora, Congonhas opera hoje até 30 pousos e decolagens da aviação comercial (jatos de companhias como TAM e Gol) em sua pista principal. Com a decisão, passará a operar até 33, dependendo do horário. Isso significa até 1 voo e meio a mais por hora.
O limite para 30 movimentos por hora, ou slots, havia sido estabelecido após o acidente com o avião da TAM, em 2007, a maior tragédia da aviação brasileira e que deixou 199 mortos. Antes do acidente, Congonhas operava até 48 pousos e decolagens por hora. A redução aconteceu devido às suspeitas de que o acidente poderia ter relação com o uso da pista do aeroporto.
G1