Economia

Com preços em queda, campo deve faturar 10% a menos em 2015 em MT

A renda bruta gerada pela agropecuária em Mato Grosso deve enxugar quase 10% (9,9%) em 2015, ficando pouco acima dos R$ 39,2 bilhões. As principais cadeias produtivas do estado (como soja, algodão e a bovinocultura de corte), que em 2014 puxaram a alta no faturamento, vão perder força.As conclusões são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na primeira estimativa de Valor Bruto de Produção (VBP) para o próximo ano. De acordo com a análise, o chamado VBP estadual voltará aos níveis de 2013, quando ficou na casa dos R$ 39 bilhões.

"Os três setores mais impactantes para a grande alta em 2014 não vão ter o mesmo desempenho em alguns aspectos em 2015", afirma o economista Daniel Latorraca, gestor do Imea.Na soja, a produção deve crescer 5,3%, mas os preços em baixa (redução de 17,2%) vão afetar o VBP da cultura. Se a estimativa do Instituto for confirmada a renda bruta cairá de atuais R$ 21 bilhões em 2014 para outros R$ 18,9 bilhões em 2015.

Para o algodão as quedas previstas em área e produção, com a tendência de preços em baixa (-7,2%), influenciarão o rendimento do produto, cujo VBP passa a ser estimado em R$ 3,4 bilhões, patamar 24% abaixo do verificado em 2014.

Na bovinocultura de corte a expectativa é que os preços se mantenham em um nível elevado. "Porém, como o estoque de macho está bastante baixo nos últimos três anos, devemos ter um abate menor para 2015 e isso faz com que o valor bruto de produção para a pecuária também caia", avalia Daniel Latorraca, do Imea.Em termos numéricos o VBP total da pecuária (boi, aves, leite e suínos) está calculado em R$ 10,9 bilhões, ou 3,2% a menos que neste ano de 2014. Somente a bovinocultura de corte deve faturar 6,4% a menos, atingindo R$ 7,9 bilhões.

O que é o VBP
O indicador é calculado a partir das estimativas de safras, da produção agropecuária, dos preços recebidos pelos agricultores e a evolução na comercialização dos produtos.Ao mesmo tempo, não traduz os ganhos reais dentro da porteira, pois não leva em consideração os custos no campo.

G1

Redação

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