A moeda subiu 1,65%, a R$ 2,3351. Veja cotação.
Foi a maior alta desde novembro de 2013, quando, no dia 5, o dólar subiu 1,98%. A moeda também atingiu o maior valor desde março, quando, no dia 19, fechou em R$ 2,3490.
Na semana, a alta foi de 4,26% e no mês, de 4,29%. No ano, há queda de 0,95%.
"Quando chega num nível como esse, que ninguém esperava atingir tão cedo, o mercado perde a referência. Todo mundo assusta", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, sobre o valor antingido pelo dólar nesta sexta.
A variação reflete a pesquisa CNI/Ibope, que mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) empatada com a ex-senadora Marina Silva (PSB) num eventual segundo turno das eleições presidenciais. Segundo o levantamento, Marina tem 43% das intenções de voto num eventual segundo turno, contra 42% da atual presidente – que tem sido alvo de críticas nos mercados financeiros pela condução da atual política econômica.
Quando chega num nível como esse, que ninguém esperava atingir tão cedo, o mercado perde a referência. Todo mundo assusta"
Italo Abucater,especialista em câmbio
A divisa chegou a subir mais de 2% e encostar em R$ 2,35 durante a sessão, mas o movimento perdeu força na última hora do pregão. Isso porque investidores passaram a se posicionar para um possível anúncio de uma atuação mais forte do Banco Central para combater a volatilidade do câmbio e potenciais impactos sobre a inflação provocados pelo encarecimento de importados.
Segundo operadores, a escalada da moeda norte-americana nesta sessão, que a afastou do teto informal de R$ 2,30, serve como um teste da disposição do BC de atuar para evitar possíveis impactos sobre a inflação.
Na véspera, o assessor econômico do programa da candidata do PSB à Presidência Alexandre Rands afirmou que eventual governo de Marina Silva acabaria com o atual programa de intervenções diárias do BC, o que levou o dólar a fechar em alta na véspera e ajudou na valorização nesta sessão.
Expectativas de que a taxa de juros dos Estados Unidos possa subir mais cedo que o esperado também ajudavam a impulsionar a moeda americana em outras praças, a menos de uma semana da próxima reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro) pelas intervenções diárias, com volume correspondente a US$ 197,7 milhões. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de junho e 3 mil para 1º de setembro de 2015. O BC também vendeu a oferta total de até 6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de outubro. Ao todo, o banco já rolou cerca de 22% do lote total, equivalente a US$ 6,677 bilhões.
G1