Na comparação com a temporada passada, quando até esta época do ano eram 44,6% travados, o estado contabiliza um atraso de quase seis pontos percentuais. Apenas na última semana, a cotação no mercado interno recuou 1,30%, fechando a R$ 11,46.
"Com o milho em torno de R$ 10 a R$ 12 você não cobre os custos [de produção] e teria que pegar um preço melhor para cobrir os custos de produção", afirma o produtor rural Jadir Taffarel, que neste ano plantou 300 hectares no município de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.
Enquanto de um lado a queda nos valores da saca de 60 quilos com destino comercial não incentiva os negócios, de outro está beneficiando quem usa o milho como insumo na produção de rações para alimentação de animais. Em muitos casos, os poucos negócios feitos com o cereal são para atender o consumidor local.
Pelas contas do criador Inácio Wolsarp, de Sinop, já foi possível sentir uma queda de 26% no custo com aquisição do milho. No ano passado ele comprou volumes de 50 quilos por R$ 19 e, neste ano, por R$ 14. O produto é usado na alimentação das 12 vacas leiteiras criadas na propriedade de 12 hectares.
Durante duas vezes por dia o produtor precisa abastecer os cochos com silagem de milho e ração. "O preço favorece no momento o consumidor. Ajuda bastante a reduzir custos", diz Inácio Wolsarp.
Intervenção
Em função da baixa no milho, produtores solicitaram ao governo federal apoio por meio dos leilões de Pepro, para favorecer o escoamento. O terceiro deste exercício 2014 está programado para o próximo dia 11, com quase 2 milhões de toneladas do produto em oferta.
G1