Economia

Com mudanças, BC também quer estimular crédito para veículos

 
No primeiro semestre deste ano, ainda segundo números do Banco Central, os empréstimos para compra de veículos, pelas pessoas físicas, registraram queda de 3,2%. O saldo total de operações em mercado, que estava em R$ 192,7 bilhões em dezembro do ano passado, já havia recuado para R$ 186,5 bilhões em junho deste ano.
 
Isso quer dizer que as operações antigas, vencendo neste ano, não estão sendo renovadas, por meio da concessão de novos empréstimos no primeiro semestre. Os clientes reclamam que os bancos estão mais conservadores na concessão destes empréstimos para aquisição de veículos, que foram um dos principais causadores do aumento da taxa de inadimplência nos últimos anos.
 
Pela nova regra do BC, para as novas operações de financiamento de veículos, a dedução de 60% do depósito compulsório (recursos que agora poderão ser direcionado para operações de crédito) irá considerar incremento em relação à média praticada no primeiro semestre de 2014. "Nosso objetivo é que eles [bancos] aumentem o saldo médio diário de operações", informou o chefe Departamento de Operações Bancárias do BC, Daso Coimbra, a jornalistas.
 
De acordo com ele, se os bancos aumentarem em mais de 20%, por exemplo, suas operações de crédito para veículos, eles poderão deduzir a mesma coisa do que deduziriam na regra anterior.Isso quer dizer que, para não serem penalizadas, tendo de deixar recursos sem remuneração "parados" no BC [depósitos compulsórios sem remuneração], as instituições financeiras terão de aumentar o volume de crédito em 20% a partir de agora, em comparação com o saldo do primeiro semestre deste ano. 
 
Juntas, as duas medidas anunciadas pelo Banco Central nesta quarta-feira vão liberar cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes. A intenção é estimular o crescimento com a maior oferta de crédito. Além das mudanças nos compulsórios, o BC também alterou as regras do requerimento mínimo de capital para risco de crédito, que é  um tipo de reserva que os bancos devem ter caso tomem calote de quem recebeu os empréstimos.
 
G1

Redação

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