Economia

Criação de empregos formais sobe 29,7% em 2013, para 1,49 milhão

 
Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores celetistas (e que foram divulgados em janeiro), os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários.
 
Segundo o governo federal, do total de 1,49 milhão de trabalhadores contratados no ano passado, 403 mil são servidores públicos e 1,07 milhão representam os trabalhadores celetistas. O número de empregos formais vinculados à CLT registrou uma pequena revisão para baixo. Em janeiro deste ano, os dados (do Caged) indicavam a criação de 1,11 milhão de empregos formais.
 
"Houve mudança dos governos municipais em 2013. Com os prefeitos que tomaram posse no começo de 2013, houve renovação dos cargos de confiança. Foi um dado que colaborou para a criação de vagas formais no ano passado. Foram basicamente os governos municipais", declarou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
 
Série histórica
 
Apesar do aumento frente a 2013, os números do Ministério do Trabalho mostram que o resultado do ano passado é o segundo pior em dez anos, perdendo apenas para 2012. Em 2003, foram criadas 861 mil vagas formais. Nos nove anos seguintes, até 2012, o número não ficou abaixo do 1,76 milhão de vagas por ano.
 
De acordo com o ministro do Trabalho, a criação de vagas formais na economia brasileira está relacionada com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. "A geração de empregos vai continuar positiva, mas estamos vivendo pleno emprego. A necessidade de geração de novos postos de trabalho diminui na medida em que atingiu o pleno emprego", afirmou ele.
 
Saldo de empregos na economia brasileira
 
Ainda segundo dados oficiais, os empregos formais na economia brasileira somaram 48,94 milhões no fechamento do ano passado, o que representa um aumento frente ao patamar registrado no final de 2012 (47,45 milhões).
 
Rendimento médio
 
Já os rendimentos médios do trabalhadores formais, de acordo com o Ministério do Trabalho, registraram um aumento real (acima da inflação) de 3,18% no ano passado (tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC), ao somaram R$ 2.265,71. Em 2012, o rendimento médio totalizou R$ 2.195,78.
 
Setores da economia
 
Por setores da economia, os serviços (como transportes, educação e saúde) foram os principais responsáveis pela criação de empregos formais no ano passado, com a abertura de 558,6 mil empregos, seguidos pela administração pública (403 mil vagas), pelo comércio (284,9 mil empregos), pela indústria de transformação (144,4 mil trabalhadores) e pela construção civil (60 mil vagas) em 2013.
 
Regiões do país
 
Por regiões do país, a maior parte das contratações foi feita no Sudeste, que abriu 550 mil vagas no ano passado. Em segundo lugar, aparece a região Nordeste (313,2 mil empregos formais), seguida pela região Sul (285,6 mil vagas). A região Centro-Oeste, por sua vez, gerou 219,6 mil postos formais, e a região Norte abriu 121,1 mil.
 
Mulheres e homens
 
Os dados do Ministério do Trabalho revelam que a mão de obra feminina cresceu 3,91% em 2013, contra um aumento de 2,57% registrado no caso dos homens. "A diferença entre as taxas de crescimento do emprego por gênero deu continuidade ao processo de elevação da participação das mulheres no mercado de trabalho formal, que passou de 42,47% em 2012 para 42,79% em 2013", informou o governo.
 
Grau de instrução
 
Por grau de instrução, os números do Ministério do Trabalho mostram que o maior crescimento aconteceu nos empregos com ensino superior completo, que avançou 7,1% no ano passado. Em segundo lugar, apareceu o aumento de 5,49% nos trabalhadores com ensino médio. Trabalhadores com ensino médio incompleto registraram alta de 0,86% no emprego formal no ano passado. Os demais graus de escolaridade registraram retração na abertura de vagas em 2013.
 
G1

Redação

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