– Valeu a pena! Foi uma emoção indescritível. Os meus colegas ficaram impressionados com o peixe. Fizemos uma consulta informal, na internet, e o que vimos foi que esse foi o quarto maior peixe dessa categoria a ser pescado. Os outros três foram fora do Brasil.
A aventura de Wagner começou às 4h, quando ele e outros amigos seguiram pela Baía de Guanabara até o mar aberto. Por volta das 13h, o cherne mordeu a isca. Como não estava com o equipamento adequado para esse tipo de peixe, o consultor de empresas pediu ajuda aos amigos. Foram quatro tentativas até conseguir colocar o pescado no barco. Depois da emoção da captura, era hora de decidir o que fazer com o cherne.
– Um amigo tem um conhecido que é dono de um frigorífico. Colocamos o peixe na caçamba de uma picape, ele quase não coube, e seguimos. Quando chegamos lá, ele já estava com as escamas muito escorregadias. O resultado disso foi que foram necessários oito homens para carregá-lo e pendurá-lo no gancho – contou Wagner.
Como é pescador amador, ele não pode comercializar os peixes que captura. A solução foi dividir o cherne entre o grupo que estava no frigorífico. Wagner, porém, não ficou com pedaço algum:
– Já eram dez horas da noite. Eu estava morto de cansaço. Àquela altura, eu só queria me livrar do peixe e ir descansar. Levei para casa os namorados que eu havia pescado antes.
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