Dezenas de populares falaram, durante o protesto, sobre transtornos vividos por conta da falta de água . "Minha torneira fica aberta direto e eu sei que não dá água nunca. Fora que tem vizinha que se levanta duas ou três vezes na madrugada para ver se tem água e nada. ", disse a dona de casa Laura de Souza.
Moradores também reclamam do serviço de caminhões-pipa, que passaram a abastecer bairros das zonas Leste e Norte nas últimas semanas após um acidente em uma estação de abastecimento, como conta a dona de casa Telma Jandira Rosas. "A situação está caótica. Há três semanas estamos sem água e somos obrigados a comprar, porque em todo esse tempo o caminhão-pipa da Manaus Ambiental apareceu só duas vezes", afirma.
Ela explica que uma possível solução está ao lado da comunidade, em um reservatório construído para armazenar água para o bairro, e que, segundo ela, não estaria sendo utilizado. "Quando precisamos comprar, a gente paga R$ 40 por mil litros, sendo que temos um reservatório aqui ao lado. Se eles ativarem o poço vai dar água tanto para quem morar no Novo Aleixo quanto no Mutirão", completou Telma.Ao procurar explicações para a não-utilização do reservatório, os moradores dizem ter recebido a justificativa de que a falta de fiação no local (supostamente furtada) teria tornado o funcionamento do reservatório inviável, como conta o motorista Patrício Souza.
"Eles disseram para nós que não podem mais ativar o poço pelo fato de que roubam a fiação. O poço está abandonado e ainda assim eles pedem para a gente não comprar água. Se não comprarmos água, como iremos viver?", indagou o Souza.A Manaus Ambiental informou à TV Amazonas que o problema no bairro Novo Aleixo deve ser resolvido ainda nesta semana. O abastecimento nas Zonas Norte e Leste está interrompido devido a um acidente na estrutura do Proama, ocasionado por uma balsa que bateu em uma das colunas que sustenta o sistema de captação de água para essas áreas.A reportagem do G1 tentou contato com a empresa no fim da noite desta quinta-feira (10), para questionar sobre a frequência dos caminhões-pipa mas não foi atendida.
G1