De acordo com os manifestantes, uma nova lei do Governo Federal que beneficia categorias da Polícia Civil não inclui os peritos. "A lei estabelece que escrivães e investigadores tenham reajuste de 72%, e delegados de 58%. Os peritos não tiveram aumento nenhum", afirmou o presidente do Sindicato, André Segundo.O representante dos peritos disse ainda que a categoria tenta acordo com o governo estadual há aproximadamente um mês. "Fomos discriminados. Todos os outros cargos da polícia ameaçaram fazer greve. Nós fomos os únicos que não ameaçamos paralisar, mas não tivemos ação positiva. Nosso último aumento foi em 2011", destacou.
O diretor do sindicato, Maykel Souza, também criticou a infraestutura para a realização das atividade de perícia no Amazonas. "A perícia é quem encontra as provas que vão ajudar nos julgamentos. Existe recurso do Governo Federal para compra de equipamentos, que são entregues.O problema é que o governo não dá estrutura para usar os equipamentos. Muitos estão encaixotados há cinco anos, e alguns não funcionam ou estão ultrapassados", disse.
Segundo o perito Chistian Gama, a suposta falta de equipamentos atrapalha as investigações."Existe um equipamento mais desenvolvido para retirada de projéteis, mas ele precisa de tanque de água e o Instituto de Criminalística não o tem. Sem perícia de excelência, não temos como comprovar a culpa do suspeito – o que acaba resultando na soltura dele", afirmou.Um representante da Casa Civil do Estado deve se reunir com o grupo de peritos para tratar das reivindicações. O governo deve se pronunciar sobre o resultado da reunião nesta segunda-feira.
G1