Plantada pela primeira vez em Mato Grosso, a fruta apresenta tolerância à luminosidade e temperatura, destacando-se pelo sabor doce. A pesquisa começou em 2012, no Campo Experimental de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá) e segue para os campos de Sinop e Cáceres.
Segundo Kist, a ideia é deslocar a colheita para períodos mais favoráveis do ano, atendendo as necessidades do produtor rural e do mercado. Hélio explica que existem vários fatores limitantes ao cultivo e destaca a colheita dos frutos que ocorre em épocas de excesso de oferta, preços baixos, além da desuniformização da colheita provocada pelo florescimento natural, o que eleva os custos de produção.
Nesta primeira colheita, a Ajuba pesa somente 1,1 kg, mas a expectativa é que o fruto atinja o peso médio de 1,5 kg. Os experimentos vão determinar a fenologia e interação com a sazonalidade de produção dos abacaxizeiros de mudas produzidas in vitro também das variedades IAC-Fantástico, Vitória e Pérola. “Estamos aproveitando as qualidades dos frutos, a ideia é fazer com que a indução do florescimentol escolha o momento correto para o período da colheita”, esclarece Kist.
Tangará é grande produtor
O município de Tangará da Serra é um grande produtor de abacaxi do Estado, a cultura já ocupa uma área de 200 hectares e obtém produtividade média de 23 mil frutos/hectare. O custo para implantação da cultura do abacaxi está em torno de R$ 8 mil por hectare. Hélio ressalta que caso o produtor já tenha a muda, o custo cai pela metade. Vendendo o fruto por R$ 2,00 a unidade, o produtor pode retirar da lavoura aproximadamente R$ 46 mil em apenas um hectare. “Nossa intenção é apresentar uma variedade ideal para os agricultores rurais em 2015”, declara Hélio.