A produção industrial apresentou taxas positivas em oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro e Mato Grosso se destacou com alta de 5,8% na comparação com setembro. Apesar do bom desempenho mensal, os dados mostram que, frente a outubro de 2024, o estado registrou queda de 8,2%, uma das maiores retrações do país. O resultado reforça a tendência de oscilação na atividade industrial mato-grossense ao longo do ano, marcada por avanços pontuais e recuos mais intensos em períodos específicos.
No cenário nacional, o Brasil avançou 0,1% em outubro frente ao mês anterior, impulsionado especialmente por Goiás (6,5%), Amazonas (4,1%) e Rio de Janeiro (4,1%). Bahia (2,7%), Minas Gerais (2,1%), Santa Catarina (0,6%) e Paraná (0,5%) também contribuíram para o resultado positivo. A retomada de segmentos extrativos e de derivados de petróleo foi determinante para o bom desempenho de estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais, que vêm acumulando ganhos consecutivos nos últimos meses.
Entre os recuos, São Paulo teve o maior impacto negativo, com queda de 1,2% em outubro. O estado, que concentra cerca de um terço da indústria nacional, sofreu influência principalmente dos setores de alimentos e derivados do petróleo, acumulando duas quedas seguidas e permanecendo distante de seu pico histórico, registrado em 2011. Rio Grande do Sul apresentou a queda mais acentuada do mês, com retração de 5,7%, interrompendo uma sequência de três altas.
O levantamento também apontou variações significativas na comparação anual. Em outubro de 2025, o setor industrial brasileiro recuou 0,5% em relação ao mesmo mês de 2024, com perdas registradas em seis dos 18 locais pesquisados. Mato Grosso do Sul teve o pior resultado, com queda de 17,8%, pressionado por retrações nos segmentos de biocombustíveis e celulose. Rio Grande do Norte, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Pará completaram a lista de estados com desempenho negativo.
Por outro lado, Espírito Santo, Amazonas e Goiás apresentaram avanços de dois dígitos na comparação anual, sendo os melhores desempenhos do período. O Espírito Santo registrou aumento de 18,3%, influenciado por atividades extrativas, enquanto o Amazonas cresceu 12,5%, impulsionado pelo polo industrial de Manaus. Goiás manteve o ritmo positivo tanto no mês quanto no ano, reforçando uma trajetória consistente de expansão industrial.

