A Vale anunciou nesta terça-feira, 2, novas projeções de produção para até 2030. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no próximo ano serão produzidas entre 335 milhões a 345 milhões de toneladas de minério de ferro. No fim do ano passado, a expectativa para 2026 era de 340 milhões a 360 milhões de toneladas. Já em 2030, a estimativa foi mantida em torno de 360 milhões de toneladas. Neste ano, a companhia deve fechar com produção de 335 milhões de toneladas da principal matéria-prima do aço.
Em minérios e aglomerados, a projeção da Vale é de uma produção de 31 milhões de toneladas este ano, de 30 milhões a 34 milhões de toneladas em 2026 e entre 60 milhões e 70 milhões de toneladas em 2030. Já a produção de minério de ferro a partir de rejeitos a estimativa da companhia é de um aproximadamente 30 milhões de toneladas daqui a cinco anos.
No cobre, a nova expectativa da companhia é chegar a 370 mil de toneladas este ano, entre 350 mil e 380 mil de toneladas em 2026, de 420 mil a 500 mil de toneladas em 2030 e de aproximadamente 700 mil toneladas em 2035. Em 2025, a mineradora espera vender cerca de 3,8 mil toneladas de cobre equivalente e em 2026 em torno de 4,3 mil toneladas.
Já em níquel, a projeção da mineradora é de uma produção de cerca de 175 mil toneladas este ano, de 175 mil a 200 mil toneladas em 2026 e entre 210 mil e 250 mil toneladas em 2035.
O volume de vendas estimado para os produtos de minério de ferro de Carajás Médio Teor – 65% de concentração de ferro e de Pellet Feed China (PFC) – é neste ano de 33 milhões de toneladas e 26 milhões de toneladas, respectivamente. Já em 2026 os volumes devem alcançar 50 milhões de toneladas para o Carajás Médio Teor e de 40 milhões de toneladas em PFC.
Com isso, o custo C1 (custo da mina ao porto sem frete) para o minério de ferro deve chegar a US$ 21,3 por tonelada este ano e entre US$ 20 a US$ 21,5 por tonelada em 2026. Já o custo all-in, que inclui royalties e frete, está estimado em cerca de US$ 55 a tonelada até o final deste mês e de US$ 52 a US$ 56 por tonelada no próximo ano.
No cobre, o custo all-in estimado pela Vale é de cerca de US$ 1 mil a tonelada este ano e de US$ 1 mil a US$ 1,5 mil a tonelada em 2026. Já em níquel, a mineradora espera o indicador chegue a US$ 13 mil por tonelada este ano e entre US$ 12 mil e US$ 13,5 mil/tonelada em 2026.
Retorno de fluxo de caixa livre ao acionista
A Vale estima um Retorno do fluxo de caixa livre para o acionista (free cash flow yield) variando de 6% até 14% em 2026, segundo projeções divulgadas nesta terça-feira pela empresa.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que assumiu como premissas uma média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 95/t até US$ 110/t; média anual de preço do níquel (LME) variando de US$/t 15.000/t até US$ 17.000/t; e média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 9.500/t até US$ 11.500/t.
Para 2030, a previsão é de um retorno de fluxo de caixa livre, em termos reais, variando de 8% até 21%. Nesse caso, a empresa assumiu como premissas uma média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 90/t até US$ 110/t; média anual de preço do níquel (LME) variando de US$ 15.000/t até US$ 20.000/t; e média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 10.000/t até US$ 12.000/t.
A empresa informa ainda que foram descontinuadas as projeções de teor médio de ferro contido para os anos de 2026 e 2030, prêmio all-in no minério de ferro para os anos 2025 e 2026 e retorno do fluxo de caixa livre (free cash flow yield) em 2025.
Desembolsos com descaracterização
A Vale estima compromissos totais com descaracterização de minas e com os acordos decorrentes das tragédias de Brumadinho e Samarco, além de despesas incorridas, de US$ 4,2 bilhões em 2025 e cifra menor, de US$ 2,6 bilhões, em 2026.
Segundo a empresa, o valor deve cair para US$ 1,9 bilhão em 2027 e US$ 1,3 bilhão em 2028. Em 2029, o valor volta a subir, para US$ 1,5 bilhão em 2029, chegando a US$ 800 milhões em 2030.
Conforme a Vale, a saída de caixa estimada para o período 2025-2035 consideram taxas de câmbio de R$-US$ de 5,3186. Segundo a empresa, trimestralmente esta projeção será atualizada conforme taxa de câmbio aplicada nas demonstrações financeiras.



