Entre os denunciados está Sandro da Silva Rabelo, vulgo Sandro Louco, acusado de ser o líder da organização no Estado. De acordo com as investigações, ele possui um vasto “currículo” criminal e seria o principal interlocutor no mando de crimes.
Segundo o Gaeco, os denunciados também são investigados por outros crimes de natureza patrimonial, tráfico de drogas e homicídios em Mato Grosso. Dos 28 integrantes, 27 estão presos. A denúncia foi protocolada na Vara Especializada em Crime Organizado de Cuiabá.
De acordo com os promotores, foi comprovado que a referida organização criminosa é bem estruturada e tem estatuto formalizado. No referido documento, apreendido na Penitenciária Central os acusados demonstram rigor na punição caso um integrante cometa traição, veja o que diz trecho do documento: “somos uma instituição progressiva, uma família unida, membro do mesmo corpo, qualquer punição de um membro será suprimido e lançado fora para que não contamine todo corpo (CV ) que está todos acima de todos membros. “
Eles formaram inclusive um “conselho final” formado por conselheiros com cargos específicos divididos em : Presidente, Vice Presidente, Porta Voz e Tesoureiro. Seriam eles os responsáveis em planejar e controlar todas as ações estruturais que digam respeito à evolução do Comando Vermelho em Mato Grosso, bem como zelar para que todas as regras do estatuto nacional do CV sejam respeitadas.
Cabe a esse conselho, avaliar as características dos pretendentes a novos integrantes do bando, os quais devem preencher certos requisitos, como, por exemplo, portar antecedente criminal.
No que tange a parte financeira do grupo, esta foi estruturada por seus idealizadores em dois segmentos, sendo eles a “arrecadação” e a “movimentação rápida” dos recursos. A “arrecadação”, foi criada para angariar recursos por 01 ano, sem previsão de retirada, para que, ao final, esse capital seja utilizado no financiamento do tráfico de drogas, na contratação de advogados e no apoio aos membros.
Já os recursos obtidos através da “movimentação rápida” se destinam a aquisição de armamentos a serem utilizados nas ações criminosas daqueles que estão em liberdade. Para administrar os valores angariados através da “arrecadação” e “movimentação rápida” foi nomeado um responsável denominado “final do caixa” para cada setor.
Os Promotores destacaram que merece destaque o trabalho investigativo realizado pela Polícia Judiciária Civil através de sua Diretoria de Inteligência e pelo GCCO e também não descartaram a possibilidade de aditar a denúncia para incluir novas pessoas que sejam indicadas como integrantes da organização em investigações complementares. (informações assessoria)