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Bucho de ‘ouro’ de peixe capturado em Florianópolis pode ser vendido por até R$ 3 mil o quilo

Mais de 75 pescados da espécie pescada-amarela foram apanhados em área abaixo da ponte Hercílio Luz no último domingo (19)

O bucho da pescada-amarela virou item de luxo entre os pescadores de Florianópolis. A bexiga natatória, órgão que ajuda o peixe a controlar a flutuabilidade, pode alcançar até R$ 3 mil o quilo – valor quase 200 vezes maior que o do próprio peixe, vendido a R$ 16,10 em média neste ano, segundo o Observatório Agro Catarinense.

No último domingo (19), pescadores capturaram 78 peixes da espécie na região da ponte Hercílio Luz. O comerciante Marcelo Jacques, que atua no Mercado Público de Florianópolis, afirma que o quilo do bucho pode ser vendido por até R$ 1,5 mil. Já o pescador Leandro Pereira diz que o valor pode chegar a R$ 3 mil.

Por que bucho da pescada-amarela é tão caro?

O alto preço se deve à demanda internacional. Valorizado principalmente na Ásia, a textura e o sabor estão entre as características da bexiga natatória do peixe. O órgão ainda possui propriedades medicinais causadas pelo alto teor de colágeno, benéfico para saúde da pele, ossos, cabelos e unhas.

Quantidade de peixes capturados em Florianópolis chama atenção

Os 78 peixes da pescada-amarela capturados no domingo não são comuns, de acordo com o pescador Leandro Pereira, que estava presente no momento da pesca.

“Já foi pego até mais peixes há mais de 40 anos atrás, por antigos pescadores embaixo da ponte. Hoje é dia, é capturado de 10 a 20 peixes. 78 foi um lance no momento certo, além de que o mar está próprio”, declarou.

Navio naufragado na região da ponte Hercílio Luz ajuda peixe da espécie pescada-amarela

O motivo pelo qual a espécie está abaixo da ponte Hercílio Luz, na capital catarinense, é um navio localizado no fundo do mar. A embarcação naufragou em 1953 e está a mais de 50 metros de profundidade, razão pela qual a pescada-amarela procria na região.

O pescador Leandro Pereira contou que existe uma tradição na captura do peixe, mas que são poucos que pescam atualmente. “É uma pesca com bastante conhecimento. Tem vários segredos por conta das ferragens da ponte, o barco afundado, concreto e objetos que rasgam as redes dos pescadores”, disse.

Leandro ainda afirmou que, na cultura dos pescadores, a pescada-amarela é, geralmente, capturada no final da vida. Quando apanhadas, as menores são soltas e algumas não passam pela malha da rede. “Sabemos preservar e pegar só peixe grandes”, relatou.

Por Maria Eduarda Assmann, Florianópolis

Foto Capa: Leandro Pereira e MF Rural/Divulgação/ND Mais

Fonte: https://ndmais.com.br

Agência de Notícias

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