A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna caiu de R$ 1,990 trilhão para R$ 1,960 trilhão. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 50,4 bilhões em títulos a mais do que emitiu. Esse resgate foi parcialmente compensado pelo reconhecimento de R$ 19,9 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.
A dívida pública externa encerrou abril em R$ 92,90 bilhões, alta de 2,65% em relação ao valor de março, quando tinha atingido R$ 90,51 bilhões. Apesar da queda de 1,19% do dólar no mês passado, a emissão de 1 bilhão de títulos em euros no fim de março contribuiu para o aumento da dívida externa porque a operação só foi liquidada no início de abril.
O principal fator que contribuiu para a queda da dívida pública em abril foi o elevado volume de vencimentos de títulos. Apenas em abril, R$ 93,11 bilhões foram resgatados. A maior parte desse total, R$ 90,79 bilhões, correspondeu a títulos prefixados (com juros fixos definidos com antecedência).
A concentração de vencimentos de títulos é típica do primeiro mês de cada trimestre por causa do fim do prazo de vigência de títulos prefixados. Dessa forma, a Dívida Pública Federal costuma registrar queda no estoque em janeiro, abril, julho e outubro.
Apesar da queda em abril, o próprio Tesouro reconhece que a DPF voltará a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado no fim de abril, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.
Agência Brasil