Esses animais surgiram há centenas de milhões de anos e desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas
Uma descoberta na Antártida pode ter revelado o animal mais antigo do mundo ainda em existência. Trata-se da esponja-vulcânica gigante (Anoxycalyx joubini), uma espécie encontrada viva no Estreito de McMurdo, cuja idade foi estimada em cerca de 15 mil anos.
Com quase dois metros de altura, o organismo impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela capacidade de sobreviver em um dos ambientes mais extremos do planeta.
Como é o animal?
De acordo com pesquisadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), a esponja se adapta facilmente a diferentes tipos de substrato, vivendo tanto sobre rochas duras quanto em sedimentos macios como areia e lama.
Em alguns casos, chega até a se fixar em detritos flutuantes, uma característica rara entre os invertebrados marinhos.
O segredo de sua longevidade está no ritmo extremamente lento de crescimento e no ambiente gelado da Antártida, que reduz o metabolismo e prolonga a vida dos organismos.
O organismo impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela capacidade de sobreviver em um dos ambientes mais extremos do planeta.Foto: Reprodução/ND
O Anoxycalyx joubini pode atingir até 1,95 metro de altura e 1,5 metro de diâmetro, filtrando diariamente grandes volumes de água por meio de seu corpo poroso, processo que garante tanto a alimentação quanto a respiração.
É o animal mais antigo do planeta?
As esponjas marinhas são consideradas um dos grupos animais mais antigos da Terra, surgidos há centenas de milhões de anos.
Elas desempenham papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas submarinos, oferecendo abrigo para espécies menores e contribuindo para a filtragem e oxigenação da água.
Estudos anteriores chegaram a sugerir que exemplares dessa espécie poderiam viver até 40 mil anos, embora estimativas mais recentes apontem que o limite real seja em torno de 15 mil anos, devido às mudanças do nível do mar após a última era glacial.
“É provável que nenhuma outra criatura marinha da plataforma do Mar de Ross tenha sobrevivido por mais tempo”, explicou a bióloga marinha Susanne Gatti, que investiga o ciclo de vida desses invertebrados desde o início dos anos 2000. Até o momento, nenhum animal vivo mais antigo foi identificado.
Foto Capa: Reprodução/ND
Fonte: https://ndmais.com.br