O argentino Matías Roitberg, de 25 anos, descobriu na semana passada que estava morto. Pelo menos segundo o cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS). Roitberg mora no Brasil há mais de dez anos e cursa Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A descoberta da morte foi feita na quinta-feira passada, quando Roitberg foi buscar sua carteira de vacinação no Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ), onde tinha deixado o documento para cadastro na plataforma do Programa Nacional de imunizações, do Ministério da Saúde.
“O funcionário achou a minha carteira separada e falou: Ah, você que morreu, né?”, contou Roitberg, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo. “Fiquei completamente sem reação; meus amigos rindo muito e eu sem saber o que falar.”
O óbito teria ocorrido em 2 de outubro de 2023. O estudante foi orientado a procurar uma Clínica da Família para tentar corrigir o erro, provando estar vivo. Roitberg conseguiu corrigir o erro em uma Clínica da Família no bairro do Flamengo, na Zona Sul. Ele descobriu que seus dados pessoais também haviam sido alterados.
“Não só tinham registrado o meu óbito, como também colocaram que sou preto, sendo que sou branco”, emendou.
Segundo o estudante, a alteração no cadastro teria sido feita no município de Ataléia, em Minas Gerais, onde ele nunca esteve. Ainda não se sabe como a alteração ocorreu ou por que. Procurado, o Ministério da Saúde ainda não deu retorno sobre o caso.