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Presidente do BoJ vê salários subindo e escassez de mão de obra como problema urgente japonês

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, afirmou que os salários estão aumentando e a escassez de mão de obra se tornou um dos problemas econômicos mais urgentes no país. A declaração faz parte de discurso preparado para o Simpósio de Jackson Hole, neste sábado, 23, nos Estados Unidos.

Na ocasião, ele mencionou que o aumento das taxas de participação na força de trabalho atenuou o impacto da demografia na oferta de mão de obra. Também destacou a participação de mulheres e idosos na força de trabalho, que aumentou acentuadamente desde o início da década de 2010. “A taxa de participação de mulheres de 15 a 64 anos atingiu 78% em junho de 2025 – acima dos cerca de 60% do início dos anos 2000”, acrescentou.

Para Ueda, as mudanças demográficas iniciadas na década de 1980 estão agora produzindo uma grave escassez de mão de obra e uma pressão ascendente persistente sobre os salários.

De acordo com o presidente do BC japonês, elas também estão impulsionando ajustes significativos no lado da oferta da economia, por meio de maior participação, maior mobilidade e substituição de capital por trabalho.

“Essas forças complicarão a relação entre as condições do mercado de trabalho, os salários e os preços. Continuaremos monitorando esses desdobramentos de perto e incorporando nossa avaliação da evolução na condução da política monetária”, disse Ueda.

Estadão Conteudo

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