As compras do Egito representam 9,62% do total das exportações de carne brasileira. No ano passado, o estado do Mato Grosso foi responsável por 53,8 mil toneladas de exportações de carne do total de 144,7 mil toneladas exportadas por todo o país.
Ontem (9), o ministério também confirmou o embargo temporário de 180 dias pelo Peru. No caso desse país, o embargo é válido para carne oriunda de todo Brasil, diferentemente do Egito que restringiu restringiu apenas a entrada de produtos de Mato Grosso.
No último dia 2, o Ministério da Agricultura informou ter recebido do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal a confirmação da doença, mas ainda falta saber se é um caso atípico ou um caso clássico. O ministério espera receber o diagnóstico do laboratório ainda hoje ou na próxima segunda-feira.
Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco concluíram que é um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. O caso clássico, o mais perigoso, envolve contaminação por intoxicação alimentar e, segundo o ministério, não há indícios de que isso tenha ocorrido.
Para confirmar que o caso é atípico, foram identificados 49 animais nascidos um ano antes e um ano depois do registro do caso da vaca louca. Todas as amostras deram negativo para a doença. O resultado faz o ministério acreditar que a vaca contraiu a doença por velhice e não por intoxicação.
Segundo o JBS/Friboi, a carne não chegou a entrar no mercado de consumo. A doença da vaca louca é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida a bovinos e caprinos quando alimentados com ração de farinha contendo carne e ossos de animais contaminados. Além de causar a morte dos animais, a doença pode infectar seres humanos.
No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica.
A OIE não alterou a classificação de risco do Brasil para a doença, que continua insignificante. Os países que deixaram de comprar carne foram o Japão, a China, o Peru, o Líbano, a Coreia do Sul, Arábia Saudita, África do Sul, Ilha de Taiwan, a Jordânia e o Chile.
Agência Brasil