Produzidos pelo renomado cineasta Luiz Carlos Barreto e pelo cuiabano Rodrigo Piovezan, da Beta Cine, o projeto “O grande chefe” tem dois objetivos e dois públicos distintos através do audiovisual. Um deles é a minissérie em cinco capítulos de 30 minutos cada e que já está pronta para ser exibida nos canais abertos e fechados da televisão brasileira.
As cenas da minissérie foram gravadas em Cuiabá, Manso, Nova York (EUA) e Boston. “Além de relatar a vida de Rondon, a minissérie vai projetar as belezas naturais de Mato Grosso”, relata Piovezan, sem esconder a satisfação com o resultado do produto, especialmente por envolver profissionais brasileiros e estrangeiros, promovendo um intercâmbio fenomenal de conhecimentos.
O outro projeto é o longa-metragem de 1h50, que tem como cenário as cidades de Cuiabá e Rio de Janeiro e está na fase de finalização. Foi produzido para participar dos maiores festivais de cinema nacionais e internacionais. “Vamos estrear os dois produtos em 2014”, antecipa o cineasta.
Piovezan enaltece a participação de Luiz Carlos Barreto, da LC Barreto, nos dois projetos, por seu currículo invejável. O seu mais recente trabalho é “Lula, o Filho do Brasil”. Mas sua trajetória vai além e inclui “Dona Flor e seus dois maridos”, de 1976, “O Quatrilho”, “Bye bye Brasil” (1979), “Memórias do cárcere” (1983), “O que é isso, companheiro?” (1997), “Bela Donna” (1998), “O caminho das nuvens” (2003), “O casamento de Romeu e Julieta”, “Casa de Areia”, “Sonhos e desejos” (2006), “Caixa 2” (2007), “O homem que desafiou o diabo” (2007), entre outros.
O roteiro das duas produções é de Wagner Assis, roteirista do filme “Nosso Lar”. Ele se embrenhou em terras mato-grossenses a fim de conhecer melhor onde viveu Rondon. Tanto a minissérie quanto o longa têm direção de Marcelo Santiago.
Marechal Rondon – Nascido em Mimoso, distrito de Santo Antônio de Leverger (MT), no ano de 1865, Marechal Rondon formou-se em Matemática, Ciências Físicas e Naturais. Lente de Astronomia e Mecânica, Patrono das Comunicações no Brasil, Rondon traçou e abriu estradas estratégicas, implantou postos telegráficos que viraram cidades, descobriu povos, jazidas, rios e montanhas, inventariou fauna e flora, completou e ratificou mapas.
Foi enfim, um brasileiro que se destacou mundialmente, recebendo 29 prêmios de entidades de projeção internacional, chegando a ser reconhecido pela International Geographical Society de Washington (EUA) como um dos cinco maiores desbravadores da humanidade. Chegou, inclusive, a ser indicado ao Prêmio Nobel por Albert Einstein.
Rondon, além de determinado, foi dono de uma índole apostolar, posicionando-se sempre pela justiça, honestidade, a favor da natureza, dos animais, dos seringueiros e dos índios.
