Para a OCDE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 2,2% em 2015, também abaixo da previsão em novembro, que era de 2,5%.
"A economia do país segue em trajetória de crescimento econômico moderado e alta inflação", diz a OCDE. O relatório Perspectivas Econômicas da OCDE destaca que a inflação no país segue bastante acima do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% – a expectativa de inflação do mercado financeiro brasileiro para este ano, por exemplo, continuou estável em 6,5%, no limite da meta de inflação, de acordo com divulgação desta segunda do boletim Focus do Banco Central.
"Uma política monetária mais apertada, uma demanda externa menos intensa e incertezas políticas por conta das eleições presidenciais de outubro devem pesar na atividade econômica", diz o relatório.A projeção da OCDE é a mesma do Fundo Monetário Internacional (FMI), que no começo do mês passado apontou, por meio do relatório "World Economic Outlook", que a economia brasileira está perdendo fôlego e deve crescer 1,8% em 2014, menos que no ano passado, quando cresceu 2,3%. Foi a quarta vez consecutiva que o FMI cortou a previsão de crescimento do PIB do país.
A previsão dos economistas do mercado financeiro brasileiro para o crescimento do PIB deste ano é mais conservadora, e recuou de 1,65% para 1,63% na última semana. O crescimento do PIB do país estimado no orçamento federal é de 2,5%. O Banco Central, por sua vez, divulgou previsão de alta de 2% no mês passado.
Economias avançadas
Em seu relatório desta terça a OCDE reduziu, também, sua perspectiva para a expansão global, aponta a Reuters. A organização estimou que a economia mundial deve crescer 3,4% neste ano, em comparação aos 3,6% previstos em novembro, e acelerar para 3,9% no próximo.
A OCDE avalia que as economias avançadas vão ter cada vez mais que conduzir a recuperação uma vez que os países em desenvolvimento que cresciam de forma rápida anteriormente perdem fôlego.
"Ainda não saímos da fase crítica, porque o que estamos vendo são números melhores, mas os riscos ainda existem", disse à Reuters Insider o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. "Crescimento baixo ainda existe, números muito altos de desemprego ainda existem."
G1