No último mês, ainda segundo informações do governo, ocorreu resgate líquido (vencimentos acima do valor das emissões) no valor de R$ 3,3 bilhões na dívida pública federal. Entretanto, também foi contabilizada despesa com juros no valor de R$ 18,5 bilhões impactando para cima o endividamento público.
Programação para 2014
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,32 trilhões no fim deste ano R$ 198 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2013.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,17 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 48 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.
Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 54 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.
Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 836 bilhões em março, ou 42% do total, contra R$ 794 bilhões, ou 40,2% do total, em fevereiro.
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação diminuída em março. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 9,5% do estoque total da dívida interna, ou R$ 189 bilhões, contra 11,77% do total (R$ 232 bilhões) em fevereiro.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 37,97% em março deste ano, ou R$ 755 bilhões, contra 37,6% do total em fevereiro de 2014 o equivalente a R$ 742 bilhões.
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 10,49% do total (R$ 208,8 bilhões) em março, contra R$ 205 bilhões, ou 10,42% do total, em fevereiro deste ano. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.
G1