O programa gerencia todo o processo de doação e fiscaliza as atividades de transplante para depois distribuir os órgãos nos hospitais credenciados. Quando o hospital identifica um paciente com morte encefálica, faz contato com a Central Estadual de Transplantes, que trabalha junto com a equipe do hospital, com o objetivo de viabilizar a doação de órgãos.
O coordenador do PET lembra que, em muitos casos, o transplante é a única opção para o paciente. "Existem algumas doenças que não têm tratamento, como uma doença terminal de fígado, então para esses pacientes a única alternativa para continuar vivendo, para ter uma qualidade de vida melhor, é a realização do transplante.”
O aumento no número de doadores gerou uma necessidade de novos centros de transplantes. Ao longo de todo esse período, foram credenciados novos centros, outros foram reestruturados e houve a necessidade de criar mais unidades de transplantes para atender à demanda.
O processo de doação de órgãos só é possível a partir da autorização da família. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 50% das famílias de potenciais doadores se recusam a autorizar a doação e isso ocorre, na maioria das vezes, devido à desinformação sobre o tema por parte da população.
Para o coordenador do PET, a discussão sobre a doação de órgãos deve estar presente no dia a dia da sociedade. "É um problema que não é só de quem está esperando o órgão, de quem tem uma doença renal crônica avançada, de quem tem uma cirrose hepática, e sim um problema de todos nós. A qualquer momento nós podemos vir a precisar de um transplante e aí precisamos de um sistema que funcione”, disse.
“Então é importante reconhecer essa necessidade e esse é um papel de todos nós, entender o bem que a gente está fazendo ao próximo, no momento de dizer sim e autorizar a doação de órgãos do seu familiar. A gente entende que é um momento difícil para família, mas é de um valor inestimável de ajuda ao próximo", completou Rodrigo Sarlo.
Agência Brasil