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Com ‘pneu’, Sabalenka encerra série invicta de Swiatek e disputa 1ª final de Roland Garros

Em um dos jogos mais aguardados desta edição de Roland Garros, a belarussa Aryna Sabalenka levou a melhor sobre a polonesa Iga Swiatek, nesta quinta-feira, e garantiu vaga em sua primeira final no Grand Slam francês. A número 1 do mundo encerrou a série invicta da tetracampeã ao vencer por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/1), 4/6 e 6/0, em 2h19min. Na decisão, às 10h de sábado, ela enfrentará a americana Coco Gauff, responsável pela eliminação da local Lois Boisson, sensação do torneio.

O duelo entre a líder do ranking e a tetracampeã, um clássico da atual geração do tênis feminino, foi marcado por oscilações de ambas as tenistas, principalmente no primeiro set. Sabalenka, no entanto, foi mais sólida no set decisivo, sem perder um game sequer, 0 para derrubar a adversária, que tinha ligeiro favoritismo para o confronto.

Swiatek vinha de três títulos consecutivos no saibro de Paris – foi campeã também em 2020. Ao ser batida nesta semifinal, a polonesa teve encerrada uma série invicta de 26 vitórias consecutivas em Roland Garros. Além disso, a ex-número 1 do mundo tinha retrospecto de oito vitórias e quatro derrotas para a rival belarussa até o jogo desta quinta. Era 5/1 somente no saibro.

Com a grande vitória, a líder do ranking vai disputar pela primeira vez uma final em Roland Garros. Até então, seu melhor resultado era a semifinal, em 2023. Ela busca seu quarto título de Grand Slam na carreira. Até agora, ela soma dois troféus do Aberto da Austrália e um do US Open.

Sabalenka também superou Swiatek em uma estatística relevante. Ela soma agora seis finais de torneios de Grand Slam nesta década. A polonesa era quem dominava o cenário até então, com cinco decisões.

Disputado com o teto fechado na quadra central, o aguardado duelo entre Swiatek e Sabalenka começou com forte domínio da belarussa, que fez 3/0 e chegou a ter 0/30 no saque da rival polonesa. Swiatek, então, iniciou sua reação, culminando numa virada para 5/4. Ambas as tenistas eram irregulares em seus serviços, o que gerou uma chuva de quebras de saque. Foram oito ao longo da parcial, decidida no tie-break a favor de Sabalenka.

O segundo set manteve nos primeiros games o equilíbrio da parcial anterior. Swiatek começou com quebra, mas tampouco conseguiu sustentar seu saque no game seguinte: 1/1. A vantagem veio na sequência, quando Sabalenka voltou a perder o serviço. A tetracampeã de Roland Garros conseguiu manter seus games de saque e encaminhou o set, empatando o duelo e forçando a terceira parcial.

O set decisivo repetiu o início do primeiro, desta vez sem a parte da reação de Swiatek. A belarussa obteve a primeira quebra, abriu 3/0 e embalou para buscar um “pneu” (vitória no set sem ceder games) contra a atual número cinco do mundo.

FIM DO “CONTO DE FADAS”
O “conto de fadas” de Lois Boisson chegou ao fim nesta quinta. A jovem tenista francesa foi eliminada por Coco Gauff, atual número dois do mundo, por 6/1 e 6/2, em apenas 1h09min. Boisson contava com todo o apoio da torcida francesa e tinha a simpatia do mundo do tênis por fazer campanha surpreendente em Paris. Atual 361ª do ranking, ela havia alcançado a semifinal logo em sua primeira participação numa chave principal de Grand Slam.

Com a campanha inesperada, fez história no tênis francês, igualou feitos obtidos por referências nacionais, como Amelie Mauresmo e Marion Bartoli. E deixou pelo caminho duas tenistas do Top 10, nas últimas partidas: a americana Jessica Pegula e a russa Mirra Andreeva, atuais número três e seis do mundo.

Apesar da queda, Boisson dará um salto incrível de 296 posições no ranking da WTA. Na próxima atualização da lista, na segunda-feira que vem, ela aparecerá no 65º lugar. Será a número 1 da França, após entrar em Roland Garros apenas como a 24ª melhor tenista da casa.

A vitória fará Gauff disputar sua segunda final no saibro de Paris. Em 2022, ela foi batida pela polonesa Iga Swiatek na decisão. A americana de 21 anos tentará no sábado o seu segundo título de Grand Slam da carreira. Seu primeiro foi o US Open de 2023.

Ao vencer a rival francesa, Gauff se tornou a tenista mais jovem da história a alcançar as finais dos WTAs 1000 de Madri e Roma e de Roland Garros numa mesma temporada.

Estadão Conteudo

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