Cultura

System of a Down mistura rock com política e segue na ativa, mesmo com divergências na banda

Grupo está em turnê pelo Brasil neste mês. Letras trazem críticas contundentes às guerras, especialmente envolvendo conflitos na Armênia, país de ascendência dos integrantes.

Por Mariana Laboissière, g1 — Brasília

O System of a Down está no Brasil com a turnê “Wake Up! “. A primeira apresentação da banda americana foi nesta terça-feira (6) em Curitiba.

No meio do show, milhares de pessoas formaram, com a ajuda da lanterna dos celulares e papeis coloridos, as cores da bandeira da Armênia: o vermelho, o laranja e o azul.

O objetivo dos fãs foi homenagear os integrantes da banda, com ascendência armênia. Por esse motivo, eles trazem em muitas das letras das músicas críticas de cunho político, especialmente sobre conflitos envolvendo a região no Cáucaso.

Nesta quinta (8), o grupo — que mistura metal e música armênia, e é considerado referência no estilo nu metal, — tocou no Rio. Outras três apresentações estão previstas para São Paulo, nos dias 10, 11 e 14 de maio.

➡️E, sim, o System of a Down tem tudo a ver com política, em vários aspectos (leia mais abaixo).

Eles fazem questão de cantar sobre o genocídio armênio — que terminou com a morte de 1,5 milhão de pessoas no contexto da 1ª Guerra Mundial.

Além disso, lançaram dois singles para denunciar “crimes de guerra” do Azerbaijão em 2020. O grupo ainda aborda a política em diferentes contextos:

  • capitalismo e globalização;
  • consumismo e propaganda;
  • manipulação por política e religiões;
  • desigualdade social e mudanças climáticas;
  • entre outros.

Serj Tankian, o vocalista da banda, além de multi-instrumentista, é pintor, escritor e ativista. Frequentemente está envolvido em documentários sobre o assunto, faz participação no noticiário e em reportagens sobre conflitos contemporâneos como a guerra na Faixa de Gaza.

g1 entrevistou Serj em 2021, após o lançamento de duas novas faixas que, segundo ele, denunciavam a “catástrofe humanitária” na guerra na Armênia.

Na ocasião, ele também falou sobre o ativismo no rock. O lançamento das músicas marcou uma breve reunião da banda depois de 15 anos de hiato.

Divergências entre os membros

Agora, a banda está reunida de novo para a turnê que, ao todo, passará por cinco países. No entanto, não há previsão de novos álbuns para os fãs. O último foi lançado em 2005.

A política também causou divergências entre os integrantes. O baterista da banda, John Dolmayan, já manifestou apoio a Donald Trump e se definiu como conservador.

Serj está mais alinhado com os democratas e se diz progressista. Recentemente, os dois protagonizaram um debate público nas redes sociais. No palco, seguem unidos pelo System of a Down.

Foto Capa: Divulgação

Fonte: https://g1.globo.com

Agência de Notícias

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