Uma tragédia abalou a cidade de Várzea Grande (MT) na manhã de terça-feira (15), quando uma bebê de apenas 3 meses faleceu após se engasgar com leite em um abrigo. A pequena estava sob os cuidados de uma mãe social em uma associação beneficente, segundo confirmou a Polícia Civil. A ocorrência reacende o debate sobre a vulnerabilidade de crianças acolhidas pelo Estado e os protocolos de cuidado nesses espaços.
De acordo com o boletim de ocorrência, a última mamada da criança havia sido por volta das 22h da segunda-feira (14). Na manhã seguinte, a cuidadora responsável notou que a bebê não se mexia e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito no local.
Durante o atendimento, ao ser conectado ao monitor cardíaco, a bebê expeliu leite pelas narinas, o que indicou o engasgamento como causa provável da morte. As autoridades informaram que não havia sinais de violência ou trauma físico.
A bebê havia sido encaminhada ao abrigo porque sua mãe biológica, usuária de drogas, foi considerada incapaz de garantir os cuidados necessários. A situação ilustra o tipo de dilema enfrentado por muitas crianças que dependem da rede de acolhimento público, muitas vezes sobrecarregada e fragilizada.
A Polícia Civil abriu investigação para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Enquanto isso, permanece o questionamento sobre a estrutura oferecida pelo Estado a essas crianças vulneráveis.
