Em um depoimento impactante à Polícia Civil, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou ter planejado e executado o assassinato da jovem grávida Emilly Azevedo Sena, de 16 anos. Segundo sua própria confissão, ela cavou uma cova rasa um dia antes do crime e, apesar de pensar em desistir, seguiu com o plano de tirar a vida da adolescente e roubar seu bebê.
Nataly relatou que perdeu um bebê há seis meses e que, desde então, buscava uma forma de conseguir uma criança. No depoimento, ela afirmou que observava pessoas em situação de vulnerabilidade e procurava vítimas que pudessem servir ao seu objetivo macabro. No dia do crime, a assassina atraiu Emilly com a promessa de doações de roupas e chegou a conversar com a jovem por cerca de 40 minutos antes do ataque. “Tomei refrigerante com ela e conversamos sobre o bebê”, revelou.
Quando Emilly chegou à casa da criminosa, o buraco já estava cavado. A suspeita disse que, naquele momento, chegou a reconsiderar sua decisão, mas seguiu adiante. “Eu já tinha cavado o buraco, ela já estava lá… O trem já estava lá, depois eu ia falar o quê? Que cavei o buraco para quê?”, declarou em seu depoimento.
O crime, classificado como “friamente premeditado” pelo delegado Caio Albuquerque, chocou a sociedade pela brutalidade. Emilly foi assassinada com sinais de tortura, teve o bebê retirado do ventre e foi enterrada no quintal da casa de Nataly. A assassina tentou enganar os médicos, levando a recém-nascida para um hospital e afirmando que havia dado à luz em casa. No entanto, exames comprovaram que ela nunca esteve grávida, o que levou à sua prisão em flagrante.
A bebê, batizada de Liara, sobreviveu e está sob cuidados médicos, devendo ficar sob a guarda da avó materna e do pai. A família de Emilly pede justiça e clama para que a tragédia não seja esquecida. Enquanto isso, as investigações continuam para determinar se o marido da assassina tinha conhecimento do crime.