Houve elevação em todas as seis linhas de financiamento pesquisadas: o destaque foi o cartão de crédito, com alta de 7,58%, o maior nível de correção já registrados desde setembro de 2012. Na modalidade, a rolagem da dívida em um ano aumentou para 216,59%, ante 192,94%, em janeiro último. No mês, a taxa passou 9,37% para 10,08%.
Do total de operações, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve o segundo maior percentual de aumento – 3,55% – na compra de automóveis. Foi a maior elevação desde julho de 2012. Mas ainda assim é o tipo de financiamento com as menores taxas de juros do mercado. A taxa média passou de 1,69% para 1,75% ao mês, e de 22,28% para 23,14% ao ano.
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Banco Central: famílias já pagam juros mais altos
Já no comércio, o consumidor nunca pagou tão caro pelas compras a prazo desde agosto de 2012, com os valores acrescidos na média em 2,53% sobre janeiro último. A taxa ao mês atingiu 4,46% e, ao ano, 68,81%.
Embora tenha apresentado pequena elevação, de 0,62%, o cheque especial ficou no segundo posto entre as mais onerosas modalidades de crédito: os juros cobrados ao mês estava em 8,08% e, ao ano, 154,06%.
A melhor opção para quem precisou de dinheiro, no período, continuou sendo a busca por recursos de empréstimo pessoal nos bancos, mesmo com a correção de 1,23%. No entanto, comparado aos anos anteriores, as taxas foram as maiores desde agosto de 2012.
Para as pessoas jurídicas, as três modalidades de crédito tiveram aumentos e a elevação média foi 0,91% ou 0,03 ponto percentual acima do registrado no mês anterior. As empresas estavam pagando ao mês juros de 3,32% ante 3,29% e 47,98% ao ano ante 47,47%.
A tomada de dinheiro para capital de giro ficou 2,35% mais cara com taxa ao mês de 1,74% e ao ano 23%. As retiradas por meio de descontos de duplicatas subiram 1,26% com taxas de 2,41% ao mês e de 33,08% ao ano. E, no caso da conta garantida, empréstimo rotativo para as micro e empresas, a variação atingiu 0,52% com a taxa ao mês de 5,82% e ao ano de 97,16%.
De acordo com a previsão da Anefac, os juros tendem a sofrer novas elevações, já que a tendência é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha em alta a Taxa Básica de Juros, a Selic, como meio de conter a inflação.
Agência Brasil