Circuito Maçônico

17 de Janeiro – Nascimento de Benjamin Franklin

Benjamin Franklin nasceu em Boston/USA, aos 7 de janeiro de 1706, e faleceu na Filadélfia/USA, aos 17 de abril de 1790. Foi um polímata estadunidense, sendo considerado pelos seus concidadãos como um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, onde atuou como um dos líderes da Revolução Americana. É conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade e ocupou o cargo de primeiro embaixador dos Estados Unidos na França.


Aprendeu a ler sozinho e aos oito anos foi para a escola, que abandonou aos dez anos para trabalhar com o pai. Aos 12 anos foi trabalhar, como aprendiz, na oficina gráfica de seu irmão John que publicava o semanário “The New England Courant”. Franklin queria escrever para o jornal, mas quando percebeu que o irmão não o levava a sério, apresentou artigos com o pseudônimo de Slilence Dogwood. Quando John descobriu a autoria começaram os desentendimentos entre os irmãos.


Benjamin Franklin mudou-se para Filadélfia com 17 anos, onde logo passou a trabalhar como impressor. Nas horas vagas, dedicava-se ao estudo das letras e das ciências. Em 1727 fundou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia. Em 1729, tornou-se proprietário de uma oficina gráfica e iniciou a publicação do jornal “The Pennsylvania Gazette”, que seria mais tarde o Saturday Evening Post.


Fundou na Filadélfia uma Academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Como cientista, investigou e interpretou o fenômeno elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do para-raios e foi eleito membro da Royal Society.


Como impressor, Benjamin Franklin publicou o primeiro livro nas colônias, assim como a Constituições de Anderson de 1723, tendo sido iniciado na Loja St. John da Filadélfia/USA, tendo ocupado os seguintes cargos na Maçonaria: Secretário (1735-1738 (Loja St. John, Filadélfia). Grande Vigilante Júnior [SIC]: 24.06.1732. Grão-Mestre: 24.06.1734. Grão-Mestre Provincial, Boston: 10.06.1749. Grão- Mestre Provincial, Filadélfia: junho de 1760. Grão-Mestre Adjunto na Grande Loja da Pensilvânia: 13.03.1750. Venerável Mestre da Loja “Les Neuf Soeurs”, em Paris (1779-80, 1782).


Treze Virtudes Franklianas
Conforme consta de sua autobiografia, Benjamin Franklin criou um plano de 13 virtudes aos 20 anos, as quais praticaria pelo restante da sua vida. São elas:


Temperança: coma sem se empanturrar; beba sem se elevar.
Silêncio: Não fale se não beneficiar outros ou a si próprio; evite conversações superficiais.
Ordem: Faça suas coisas terem seus lugares; faça cada parte dos seus afazeres terem seu horário.
Resolução: Decida quais ações irá realizar; realize sem falhas o que decidir.
Frugalidade: Não crie gastos exceto para fazer bem a você ou outros; não desperdice nada.
Indústria: Não perca tempo; esteja sempre empregado em algo útil; corte todas as ações desnecessárias.
Sinceridade: Não engane; pense inocentemente e de forma justa, e, se falar, fale de acordo com isso.
Justiça: A ninguém prejudicar fazendo-lhe injustiça ou furtando-se a fazer-lhe o bem que lhe seja devido.
Moderação: Evite extremos; tolere injúrias o quanto puder.
Limpeza: Não tolere a sujeira no corpo, roupas ou habitação.
Tranquilidade: Não se perturbe com trivialidades ou acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade: Não use o sexo exceto para fins de saúde e procriação; nunca até a languidez, fraqueza ou de modo a atacar a reputação de outro ou de si mesmo.
Humildade: Imite Jesus e Sócrates.


Franklin se valia de anotações num cartão com as virtudes, onde ele anotava quais conseguia cumprir durante certo período de tempo, observando que nunca chegou a cumprir sua meta de perfeição moral, devido às suas falhas. Segundo relatos ele era tido por mulherengo e apreciador de álcool acima da média, o que evidentemente o prejudicavam com a castidade e temperança.

No entanto, ele afirmou que mesmo assim se beneficiou pela tentativa de assim dirigir sua vida com as 13 virtudes:
“Nunca cheguei à perfeição que eu tinha sido tão ambicioso em obter, e fiquei muito aquém dela. Mas eu era, pelo esforço, um homem melhor e mais feliz do que eu deveria ter sido se não tivesse tentado isso.”

Antonio Horácio da Silva Neto

About Author

Antonio Horácio da Silva Neto é juiz de direito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e presidente da Academia Mato-grossense de Magistrados. Colaborador especial do Circuito Mato Grosso desde 2015.

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