Marechal Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d’Eça, barão com grandeza de Batovi, nascido em Desterro, hoje Florianópolis, aos 15 de abril de 1828, e falecido no mesmo local em 24 de abril de 1894), foi um militar e político brasileiro.
Com 17 anos se alistou voluntariamente no 2° Batalhão de Infantaria da Corte Imperial, sendo considerado militar valente e bravo, participando de várias campanhas internas do tempo da regência, em especial a campanha do Uruguai e Guerra do Paraguai. Ao final da Guerra do Paraguai, no mês de novembro de 1871, foi enviado para servir em Mato Grosso, como comandante do 2° Batalhão de Artilharia à Pé, cumulativamente exercia o comando da fronteira de Mato Grosso, período em que permaneceu na cidade de Corumbá.
Foi presidente da província de Mato Grosso, nomeado por carta imperial de 31 de janeiro de 1883, no período de 7 de maio de 1883 a 13 de setembro de 1884. Lutou nas guerras do sul, na Campanha contra Rosas, na luta contra Aguirre e na Guerra da Tríplice Aliança. Em 1891, já na República, foi graduado no posto de Marechal de Campo e voltou para a sua terra natal. Em razão de não querer se envolver na Revolução Federalista foi preso e sumariamente fuzilado a mando do então presidente e antigo amigo Marechal Floriano Peixoto, cuja execução se deu na Fortaleza de Anhatomirim.
Segundo consta foi iniciado na maçonaria na Loja Cordialidade no Rio Grande do Sul, onde foi venerável mestre e segundo consta dos arquivos pessoais, em 1875 seguiu para sua loja simbólica e transmitiu seu cargo ao seu substituto legal, o Primeiro Vigilante Antonio Joaquim da Rocha.
Em 17 de abril de 1881, pelos bons trabalhos ao longo da carreira militar foi comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de São Bento de Avis, além de oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro. Recebe o título de Barão de Batovi com honras de Grandeza, conferido por decreto imperial em 28 de agosto de 1889, como referência ao antigo povoado gaúcho de São Gabriel do Batovi, mais especificamente de uma coxilha ou cerro chamado Batovi, devido aos seus préstimos militares na região.
No dia 25 de abril de 1894 foi fuzilado sob a justificativa de alta traição, sem que fosse julgado por qualquer tribunal. Ao carregarem as armas, por ordem do Tenente-Coronel comandante da escolta, este maçom e militar de escol, numa atitude serena, com grandeza e coragem, disse aos soldados: “Camaradas, atirem sobre o coração para não me fazerem sofrer muito.”